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De vaquinha virtual a desfalque real: A saga do casal Openkoski

 Luxo, engano e traição: Como o casal Openkoski transformou a doença do filho em um show de ostentação e escapismo

Renato e Aline Openkoski ao lado do filho Jonatas, cuja luta contra a AME comoveu o Brasil, mas cujas doações foram desviadas para luxos pessoais.

O que leva um casal a transformar um apelo desesperado por ajuda em um esquema de luxo e extravagância? Essa é a pergunta que muitos brasileiros se fazem após a revelação do escândalo protagonizado por Renato e Aline Openkoski, os pais de Jonatas, uma criança com Atrofia Muscular Espinhal (AME). O casal, que arrecadou mais de R$ 3 milhões em 2017 para o tratamento do filho, agora está atrás das grades por estelionato e apropriação de bens.

Tudo começou com uma campanha de solidariedade que comoveu o país. "AME Jonatas" angariou cerca de R$ 3,6 milhões para a compra do caríssimo medicamento Spinraza, a única esperança para Jonatas. Cada dose custava R$ 367 mil, e o menino havia iniciado o tratamento quando os pais começaram a dar sinais de que a honestidade não era bem a prioridade deles.

Entre março e dezembro de 2017, Renato e Aline se dedicaram a uma vida de luxos financiada pela generosidade alheia. O casal, que deveria estar focado no bem-estar do filho, preferiu investir o dinheiro em uma lista de compras digna de um show de ostentação.

Começou pequeno, com a compra de dois celulares Motorola Moto Z por R$ 4.396,00 e peças automotivas por R$ 1.066,00. Mas a bola de neve de gastos logo cresceu. Eles compraram uma carabina de pressão Hatsan, uma luneta, uma capa para luneta e até um faqueiro. Quem disse que cuidar de uma criança doente não requer uma nova gama de armamentos e utensílios de cozinha refinados?

Os gastos absurdos continuaram com mensalidades de academia, não apenas para o casal, mas também para parentes, mostrando que malhar é um negócio de família. Roupas, sapatos, um skate, produtos Herbalife, uma mesa, um aparelho de som JBL e um fone de ouvido completam o catálogo de compras. A cereja no topo do bolo foi a aquisição de um Kia Sportage de R$ 140 mil e uma viagem paradisíaca a Fernando de Noronha, custando R$ 7.883,12.

A extravagância teve seu preço. Com tantas postagens nas redes sociais, o casal chamou atenção. A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu os mandados de prisão nesta semana, revelando que Renato e Aline haviam fugido para Joinville, onde foram encontrados após um meticuloso trabalho de investigação.

Renato e Aline foram condenados a penas que, somadas, chegam a 70 anos de prisão. Enquanto o casal troca suas alianças de R$ 3.581,50 por algemas, o pequeno Jonatas, que faleceu em 2022, é lembrado não apenas pela luta contra a AME, mas pelo triste exemplo de como a confiança e a generosidade do público foram traídas.

Esta história serve como um lembrete sombrio sobre a vulnerabilidade do público diante de apelos emocionais e a necessidade de maior controle e transparência nas campanhas de arrecadação de fundos. O casal Openkoski não só falhou com seu filho, mas também com milhares de pessoas que acreditaram em sua causa.

Entre a academia e a aliança, Renato e Aline Openkoski mostraram ao mundo que a ganância pode corroer até mesmo os laços mais sagrados de confiança. Que esta história seja uma lição para todos nós sobre a importância da vigilância e do ceticismo, mesmo diante das causas mais tocantes.



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