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Condenado por estupro coletivo na Itália, amigo de Robinho se entrega à Polícia Federal em São Paulo

 Ricardo Falco, sentenciado a nove anos de prisão, inicia cumprimento de pena no Brasil após decisão do STJ

Ricardo Falco (direita), condenado junto com o ex-jogador Robinho (esquerda) por estupro coletivo na Itália, se entrega à Polícia Federal em São Paulo para cumprir pena no Brasil.

Ricardo Rocha Falco, envolvido no caso de estupro coletivo que também resultou na condenação do ex-jogador Robinho, entregou-se à Polícia Federal (PF) na noite de sexta-feira, 7 de junho, na sede da instituição no bairro da Lapa, em São Paulo. A decisão de se apresentar às autoridades brasileiras ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar, na última quarta-feira, que Falco cumpra em solo nacional a pena de nove anos de reclusão à qual foi sentenciado pela Justiça italiana.

O crime, ocorrido em 2013 em uma boate em Milão, envolveu o estupro de uma mulher de origem albanesa. Robinho, que na época atuava pelo Milan, também foi condenado a nove anos de prisão, tendo iniciado o cumprimento da pena em abril deste ano, após ter o pedido de extradição negado pelo governo brasileiro.

Falco chegou à sede da PF acompanhado de seu advogado e, seguindo os trâmites legais, será submetido a uma audiência de custódia na Justiça Federal. Posteriormente, será encaminhado a uma unidade prisional no estado de São Paulo, onde iniciará o cumprimento da pena.

O caso envolvendo Robinho e Falco ganhou notoriedade internacional e reacendeu o debate sobre a impunidade em crimes sexuais, especialmente aqueles cometidos por figuras públicas. A condenação de ambos em todas as instâncias da Justiça italiana reforça a gravidade do ocorrido e a necessidade de responsabilização pelos atos cometidos.

Outros cinco amigos de Robinho também são investigados por participação no crime, mas ainda não foram julgados, uma vez que estavam no Brasil quando as investigações tiveram início na Itália. A extradição de brasileiros natos é vedada pela Constituição Federal, o que dificulta o andamento do processo em relação a esses suspeitos.

A defesa de Robinho sempre alegou sua inocência, afirmando que a relação com a vítima teria sido consensual. No entanto, as provas apresentadas pela acusação e a decisão da Justiça italiana em condená-lo em todas as instâncias apontam para um cenário diferente.

O caso Robinho-Falco levanta importantes questões sobre a cooperação jurídica internacional em casos de crimes transnacionais e a necessidade de garantir a punição dos responsáveis, independentemente de sua nacionalidade ou status social. A atenção da mídia e da sociedade civil para o caso demonstra a crescente demanda por justiça e o repúdio à violência sexual, que ainda assola mulheres em todo o mundo.



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