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Drama na maternidade: Possível erro médico em cesariana deixa mãe e bebê com sequelas graves em santos

 Caso no Complexo Hospitalar dos Estivadores expõe falhas no atendimento obstétrico e levanta questionamentos sobre protocolos de segurança

Fachada do Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos, local do incidente que deixou mãe e bebê com sequelas após cesariana.

Denyse Alves Gouveia Ribeiro, uma jovem parturiente de 26 anos, e sua recém-nascida, Helena Vitória, vivenciaram momentos de extrema angústia durante um procedimento de cesariana no Complexo Hospitalar dos Estivadores (CHE), localizado na Avenida Conselheiro Nébias, 401, na Encruzilhada, em Santos. O caso, que envolve denúncias de erro médico e negligência, foi registrado no 4º DP de Santos como "lesão corporal".

Denyse, artesã de profissão, realizou seu pré-natal na Policlínica da Caneleira, onde não foram identificadas quaisquer anormalidades. Ao atingir os nove meses de gestação e sem apresentar dilatação, foi encaminhada ao CHE para dar à luz, possivelmente por cesariana, uma vez que seu primeiro filho também nasceu por esse método. A entrada no Hospital dos Estivadores ocorreu em 4 de maio, mas o nascimento de Helena Vitória só se concretizou dois dias depois.

A parturiente alegou que, contrariando a orientação de um possível parto cirúrgico, a equipe médica do CHE insistiu em tentar um parto normal, impondo-lhe sofrimento pesado. Somente após dois dias de desconforto e quando Denyse "não aguentava mais", a equipe decidiu realizar um parto à vácuo, procedimento do qual ela desconhecia a existência. Segundo o relato, Denyse foi "sugada" por três vezes durante essa intervenção.

O quadro clínico de Denyse se agravou, resultando no rompimento do útero, comprometendo também ovários e trompas. A cesariana foi realizada apenas nesse momento crítico, e Helena Vitória nasceu com parada cardiorrespiratória, exigindo manobras de reanimação por 14 minutos para salvar sua vida. Devido à falta de oxigenação no cérebro, a recém-nascida foi acometida com encefalopatia hipóxico-isquêmica e enfrentará um futuro em estado vegetativo, de acordo com a mãe.

O Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, responsável pela administração do CHE, emitiu uma nota lamentando o incidente e assegurando que a equipe técnica multiprofissional do hospital está fornecendo suporte e acolhimento ao paciente e seus familiares.

O comunicado do instituto destacou que, desde o início dos períodos de indução e trabalho de parto, o CHE empreendeu todos os esforços baseados nas melhores práticas, cuidado humanizado e protocolos assistenciais e de segurança. A unidade hospitalar possui 151 leitos, cinco salas de parto e dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva para adultos, conforme informações do comunicado da instituição.

O caso levanta questões sobre os protocolos seguidos durante o atendimento à gestante e coloca em evidência a necessidade de uma investigação minuciosa para esclarecer as situações que levaram às graves complicações. A Polícia Civil está apurando o incidente, com o boletim de ocorrência registrado como "lesão corporal".

É importante ressaltar que a história de Denyse e Helena Vitória não é um caso isolado, e eventos como esse reforçam a importância da transparência e responsabilidade no sistema de saúde. A comunidade aguarda respostas sobre as medidas que serão tomadas para garantir que situações semelhantes não ocorram no futuro.

Este repórter continuará acompanhando o desdobramento do caso e atualizando as informações disponíveis. A tragédia vivenciada por Denyse e sua filha destaca a necessidade contínua de avaliação e aprimoramento de procedimentos médicos para garantir a segurança e bem-estar dos pacientes.





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