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Acidente no Porto de Santos: Navio petroleiro colide com píer da Marinha, deixando militar ferido e embarcações danificadas

Problema no leme do cargueiro Olavo Bilac, carregado com milhares de toneladas de óleo combustível, causou o choque durante manobra noturna

Navio petroleiro Olavo Bilac após colidir com o píer da Marinha no Porto de Santos. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Um incidente no Porto de Santos, o maior da América Latina, mobilizou autoridades portuárias e a Marinha do Brasil na noite desta quarta-feira (12). O navio petroleiro Olavo Bilac, de propriedade da Transpetro, colidiu com um píer pertencente à Marinha, provocando danos em três embarcações militares ali atracadas e ferindo levemente um oficial da Marinha.

De acordo com informações da Autoridade Portuária de Santos (APS), o acidente ocorreu por volta das 23h20, enquanto o navio Olavo Bilac realizava uma manobra para se deslocar do cais da Alemoa para o cais de Outeirinhos. A APS aponta que uma falha no sistema de leme da embarcação, responsável pela sua direção, foi a causa principal da colisão.

O navio cargueiro, que transportava aproximadamente 50 mil toneladas de óleo combustível, atingiu o píer da Marinha com força suficiente para avariar três navios militares que estavam atracados no local: o Guajará, o Guaporé e o Maracanã. A extensão dos danos nas embarcações ainda está sendo avaliada.

No momento do impacto, um oficial da Marinha do Brasil se encontrava no píer e sofreu escoriações leves em uma das pernas. Ele recebeu os primeiros socorros no local e foi posteriormente encaminhado para a Santa Casa de Santos, sendo liberado após avaliação médica, conforme informou a Transpetro em nota oficial.

Após a colisão, o Olavo Bilac foi rebocado de volta ao cais da Alemoa 1, onde permanece ancorado aguardando a realização de perícia técnica pela Capitania dos Portos de São Paulo. A inspeção visa determinar as causas precisas da falha no leme e avaliar a extensão dos danos na estrutura do navio.

Uma equipe da Autoridade Portuária de Santos também realizará uma inspeção detalhada no píer atingido para quantificar os prejuízos causados à estrutura. A Transpetro, por meio de sua assessoria de imprensa, comunicou que o incidente foi resultado de um travamento no leme do Olavo Bilac e reforçou que não houve qualquer tipo de vazamento de carga durante a ocorrência.

A companhia informou ainda que está em contato com a Marinha do Brasil para obter a autorização necessária para que uma comissão interna de investigação possa acessar o local e iniciar os trabalhos de apuração das causas do acidente.

O navio Olavo Bilac é um petroleiro de grande porte, com capacidade para transportar até 114 mil toneladas de porte bruto (TPB). Construído para o transporte de petróleo, possui 249 metros de comprimento e 43 metros de largura, sendo o terceiro de uma série de cinco navios Aframax encomendados pela Transpetro ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS).

A ocorrência levanta questões sobre a segurança das operações no movimentado Porto de Santos e a necessidade de manutenção rigorosa nos sistemas de navegação das embarcações que ali circulam. As investigações em curso deverão fornecer mais detalhes sobre as circunstâncias do acidente e apontar possíveis medidas para evitar eventos semelhantes no futuro.


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