Sob o apelido “Dra. Potente”, profissional mistura atendimento e fetiche, grava cenas eróticas em ambientes hospitalares e é demitida após repercussão
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Cenas registradas em banheiro hospitalar mostram a fisioterapeuta usando jaleco e estetoscópio em transmissão sensual sob o pseudônimo de “Dra. Potente”. Foto: Reprodução/Redes Sociais. |
Nem só de alongamentos e manipulações posturais vive uma fisioterapeuta. Pelo menos não a que atende por “Dra. Potente”, estrela anônima de uma plataforma adulta que resolveu aliar a prática da saúde ao entretenimento erótico – com direito a jaleco, estetoscópio e, por que não, uma maca improvisada.
De cabelos longos, olhar insinuante e um apurado senso de oportunidade, a profissional da área da saúde transformou o que seria apenas mais um plantão monótono em um set de filmagens picante, com transmissões ao vivo diretamente de banheiros e espaços que, ao que tudo indica, pertencem a unidades hospitalares. O fetiche médico, aparentemente, é um nicho bem explorado – e bem rentável.
A performance tem roteiro simples: câmera ligada, iluminação ajustada, jaleco branco cuidadosamente desabotoado. O público? Centenas de espectadores em êxtase diante da “Dra. Potente”, nome artístico da fisioterapeuta que troca nudez por gorjetas virtuais. E para esquentar ainda mais a audiência, ela faz questão de exibir símbolos como o jaleco bordado com o emblema da fisioterapia e o estetoscópio pendurado no pescoço, compondo a fantasia com realismo clínico.
Apesar de parecer coisa de roteiro de filme adulto de baixo orçamento, a história é real e chamou atenção pela escolha do “set de gravação”: o hospital. As lives supostamente ocorrem nas dependências de unidades de saúde, incluindo banheiros e locais que lembram enfermarias, o que, evidentemente, gerou questionamentos sobre ética profissional e uso indevido de espaços públicos.
A identidade da moça não foi oficialmente revelada, mas o mistério é parcialmente desfeito por sua própria página na plataforma adulta, onde ela se apresentava como funcionária do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). O instituto, por sua vez, tratou logo de se desvincular da fama repentina da ex-funcionária. Em nota, confirmou que a fisioterapeuta trabalhou no Hospital Municipal Guarapiranga, em São Paulo, entre janeiro e março de 2021. Foi contratada, ficou dois meses e saiu. Mas a “carreira paralela” parece ter deslanchado bem depois disso.
Do ponto de vista legal, não há crime na atividade conhecida como "cam sex" — a prática em que pessoas se exibem ao vivo em troca de dinheiro. No Brasil, esse tipo de conteúdo adulto, quando consensual e entre adultos, é completamente lícito. A questão sensível está no uso de espaços públicos para finalidades pessoais — e mais ainda, sexuais — o que pode configurar infrações administrativas ou até mesmo danos à imagem institucional de entidades como hospitais.
É a clássica situação em que o corpo está em dia, mas a conduta entra em colapso. O episódio revela não apenas o quanto as plataformas de conteúdo adulto têm crescido como meio de renda, mas também levanta o debate sobre limites éticos e o papel de profissionais da saúde na preservação da confiança da população nos ambientes hospitalares.
Enquanto isso, “Dra. Potente” segue desfilando sensualidade e técnica (de fisioterapia ou atuação, difícil dizer) pelas telas, agora sem vínculo formal com instituições médicas — mas com um portfólio de admiradores que parece aumentar a cada live.
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