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Negligência médica em Itanhaém: Jovem morre de dengue hemorrágica após ter atendimento recusado

 A falta de atendimento imediato e a burocracia letal que ceifou a vida de Larissa Caetano, de 24 anos

Larissa Caetano, 24 anos, teve atendimento negado na UPA de Itanhaém e faleceu horas depois.

Em um caso estarrecedor de negligência médica que choca e revolta, a jovem Larissa da Silva Souza Caetano, de apenas 24 anos, perdeu a vida tragicamente após ter o atendimento de emergência negado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém. Larissa, que apresentava sintomas graves de dengue hemorrágica, incluindo vômitos com sangue e desmaios, teve sua súplica por socorro ignorada em nome de protocolos burocráticos e da suposta "organização" da unidade.

A saga de Larissa teve início em 18 de agosto, quando procurou atendimento na UPA de Mongaguá com fortes dores nas costas. Apesar da suspeita de dengue, o médico que a atendeu limitou-se a prescrever um analgésico, informando que o exame confirmatório só poderia ser realizado após quatro dias de sintomas. Horas depois, com a piora alarmante do quadro, a família de Larissa correu para a UPA de Itanhaém, onde se deparou com a mais absoluta indiferença e desumanidade.

Mesmo com a jovem em estado crítico, vomitando sangue e desfalecendo em uma cadeira de rodas, a equipe da UPA se recusou a prestar atendimento imediato, insistindo que Larissa aguardasse sua vez na triagem. A súplica desesperada da família e a solidariedade de outros pacientes, que se ofereceram para ceder seu lugar na fila, foram ignoradas em nome da "ordem" e da "organização".

Após uma espera angustiante, Larissa finalmente foi atendida, mas já era tarde demais. A demora no atendimento resultou na necessidade de intubação e em sua transferência para o Hospital Regional de Itanhaém, onde chegou em estado gravíssimo e faleceu poucas horas depois.

A morte de Larissa escancara a grave crise da saúde pública em Itanhaém, especialmente na UPA, alvo frequente de denúncias e reportagens que expõem o caos e a falta de gestão. A negligência, a burocracia e a falta de sensibilidade da equipe médica custaram a vida de uma jovem que poderia ter sido salva. Este caso não pode cair no esquecimento.

É imperativo que os responsáveis por essa tragédia sejam identificados e punidos, e que medidas urgentes sejam tomadas para evitar que outras vidas sejam perdidas pela inoperância e irresponsabilidade do sistema de saúde.

A família de Larissa, dilacerada pela dor, busca justiça e espera que a morte de sua filha sirva de alerta para a necessidade de mudanças profundas na gestão da saúde pública em Itanhaém.



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