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Comando do crime: líder do PCC é capturado na Praia Grande após ordenar ataques brutais a policiais

Apontado como mandante de tentativas de homicídio contra agentes do Estado, criminoso vivia em luxo à beira-mar

Momento em que o suspeito, algemado, é conduzido por policiais civis após ser localizado em apartamento no bairro Solemar, em Praia Grande. Foto: Divulgação/Polícia Civil/Minas Gerais.

Em mais um capítulo da guerra silenciosa entre o Estado e o crime organizado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCESP), prendeu nesta sexta-feira (18) Bruno Santana, de 34 anos, mais conhecido no submundo do crime como “Kross”. A operação, batizada de "Jus Conditum", foi deflagrada no bairro Solemar, em Praia Grande, onde o homem apontado como uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) se escondia discretamente.

A prisão de Kross representa um duro golpe em uma das engrenagens mais violentas do crime organizado brasileiro. Investigado por ordenar atentados contra policiais penais em Uberlândia, Minas Gerais, ainda em 2020, Bruno também estaria envolvido em execuções sumárias de membros do Comando Vermelho (CV), facção rival do PCC.

Segundo a PCMG, o homem ocupava posição estratégica na hierarquia criminosa, atuando como elo entre ordens superiores e os executores das ações mais violentas da facção. Ele foi localizado em um apartamento de classe média alta, com vista privilegiada para o mar — um esconderijo que contrastava com a brutalidade dos crimes que comandava à distância.

Durante a abordagem, Kross tentou, sem sucesso, enganar os policiais, apresentando um documento de identidade falso. A tentativa de ludibriação resultou em autuação em flagrante por falsa identidade. Além disso, durante as buscas no imóvel, agentes encontraram celulares, drogas e outros materiais que serão analisados para aprofundar as investigações.

"Por meio de uma investigação qualificada, foi possível identificar e imputar a esse indivíduo o mando dos crimes e, após trabalhos de inteligência da PCMG, conseguimos localizá-lo", afirmou o delegado Carlos Antônio Fernandes, responsável pelo inquérito.

Três mandados de busca e apreensão também foram cumpridos simultaneamente, com o objetivo de coletar novas provas e desmantelar eventuais ramificações da facção no litoral paulista. A polícia suspeita que Kross, mesmo foragido, continuava articulando ataques e mantendo comunicações estratégicas com outros membros do PCC, inclusive com atuação em outros estados.

O caso evidencia uma das facetas mais perturbadoras do crime organizado moderno: a capacidade de seus líderes em se camuflar entre cidadãos comuns, usufruindo de aparente normalidade enquanto ditam sentenças de morte à distância. A prisão de Kross, longe dos holofotes e da zona de conflito, reafirma o quanto a atuação dessas organizações transcende fronteiras e desafia os limites do aparato policial.

A operação "Jus Conditum" segue em andamento. As investigações agora se concentram em desmembrar as conexões de Kross com outros líderes da facção, bem como em analisar os materiais apreendidos para identificar cúmplices e novas ordens criminosas em curso.

Com a prisão preventiva decretada, Bruno Santana será transferido para uma unidade prisional de segurança máxima, onde deverá responder pelos crimes de tentativa de homicídio, participação em organização criminosa, tráfico de drogas, uso de documento falso e possíveis homicídios consumados.


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