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Caminhão despenca de viaduto em Cubatão e motorista morre após grave acidente

Veículo carregado com 28 toneladas de enxofre destruiu mureta de proteção e despencou de viaduto na Cônego Domênico Rangoni; causas são desconhecidas

Caminhão ficou completamente destruído após despencar de viaduto na rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Cubatão; motorista morreu no local. Foto: Divulgação/CCI/Artesp.

Um trágico acidente ocorrido na tarde desta quarta-feira (16) interrompeu bruscamente a vida do caminhoneiro Felipe Nunes Gonçalves Dias, de 33 anos, e escancarou mais uma vez os riscos enfrentados diariamente por profissionais do transporte rodoviário. O motorista conduzia uma carreta Volvo carregada com um contêiner de enxofre importado — cerca de 28 toneladas — quando perdeu o controle do veículo ao fazer uma curva na altura do km 269,5 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Cubatão, sentido São Paulo.

A força do impacto foi tamanha que o caminhão destruiu parte da mureta de concreto de um viaduto e despencou de uma altura significativa, parando na pista inferior da rodovia. Imagens do local mostram a cabine completamente destroçada, em meio a destroços e pedaços do contêiner espalhados pelo asfalto. Segundo o boletim de ocorrência, ainda não se sabe o que provocou a perda de controle do veículo, o que levanta questionamentos sobre possíveis falhas mecânicas ou até mesmo as condições da via.

O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente, e equipes da concessionária Ecovias auxiliaram no resgate. Felipe ficou preso às ferragens e foi retirado em estado gravíssimo. Apesar das tentativas desesperadas de reanimação ainda no local, o caminhoneiro não resistiu aos ferimentos. A morte foi confirmada poucos minutos depois do resgate.

Com o impacto e a queda do caminhão, duas faixas da rodovia precisaram ser interditadas, o que gerou lentidão no trânsito e causou transtornos a quem seguia viagem no meio da tarde. A Ecovias informou que as faixas 1 e 2 permanecem bloqueadas temporariamente para os trabalhos de retirada do veículo e limpeza da pista, o que deve se estender por horas.

A carga de enxofre, um produto que exige cuidados especiais por seu potencial de risco em caso de vazamento ou incêndio, não chegou a oferecer perigo imediato à população, mas exigiu atenção redobrada das equipes responsáveis pela contenção. A presença de carga química pesada nesse tipo de transporte reacende o debate sobre a segurança estrutural das rodovias e, sobretudo, das passagens elevadas por onde trafegam veículos de grande porte.

Esse episódio, infelizmente, não é um caso isolado. Acidentes com caminhões tombando ou caindo de viadutos têm se tornado frequentes nas rodovias do estado, muitos deles com desfechos fatais. O caso de Felipe é mais um retrato cruel de uma rotina marcada por jornadas extenuantes, infraestrutura precária e fiscalização que frequentemente chega tarde demais.

Agora, o que resta é o luto da família e amigos, a investigação das causas e — espera-se — providências para que tragédias como essa deixem de se repetir sob o silêncio das autoridades rodoviárias.


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