Confusão começou por manobra de garagem; ofensas e tapa desencadearam tiroteio fatal; atirador fugiu e segue foragido
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Ocorrência foi registrada na CPJ de Praia Grande, que tenta localizar o atirador através de câmeras instaladas nas proximidades. Foto: Reprodução/Arquivo. |
Um desentendimento aparentemente banal no trânsito se transformou em uma tragédia familiar na madrugada desta segunda-feira (21), no Bairro do Trevo, em Praia Grande. Um estudante de 19 anos foi assassinado a tiros e seu pai, de 47, ficou ferido após uma discussão com um motorista armado na frente da própria casa. O autor dos disparos fugiu e, até o momento, está foragido.
O relógio marcava 0h35 quando o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) foi acionado. Ao chegar ao local, os policiais se depararam com o cenário caótico: pai e filho haviam acabado de ser socorridos às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Samambaia, onde lutavam pela vida. Pouco depois, veio a notícia que selou a tragédia: o jovem não resistiu aos ferimentos e morreu, mesmo após tentativas intensas de reanimação.
Segundo informações prestadas pelo pai, a discussão teve início quando ele manobrava o carro para entrar na garagem da residência da família. O condutor de um Hyundai Tucson, visivelmente impaciente, teria se incomodado com a manobra e iniciou uma discussão acalorada. O estopim foi uma suposta ofensa dirigida à esposa da vítima, que gerou uma reação impulsiva: um tapa no rosto do agressor.
A tensão escalou rapidamente. O pai, tomado pela raiva, entrou em casa, pegou um porrete e foi em direção ao motorista do SUV. Em resposta, o homem sacou uma arma de fogo e disparou friamente contra os dois. O estudante, que acompanhava o pai, foi alvejado de forma letal. O pai, baleado no braço direito, permaneceu consciente e conseguiu relatar os acontecimentos à polícia.
O autor dos disparos fugiu imediatamente do local, sem deixar rastros. Ninguém conseguiu anotar a placa do veículo, o que dificulta a identificação do criminoso. A Polícia Civil investiga o caso como homicídio e tentativa de homicídio e busca imagens de câmeras de segurança nas redondezas para tentar localizar o assassino.
A mãe do jovem, que estava presente durante o crime, relatou o falecimento do filho à polícia em meio a profunda comoção. A família, em estado de choque, vive o luto repentino de uma noite que começou com uma simples manobra de carro e terminou em violência brutal.
Esse é mais um caso emblemático da banalização da violência nas ruas e do agravamento da intolerância no cotidiano. Uma sociedade onde discussões de trânsito terminam em mortes precisa urgentemente rever seus limites — e suas leis.
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