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Desenvolvimento habitacional em Praia Grande: Mais um capítulo na farsa governamental

 Anúncio de unidades habitacionais é mera maquiagem para a crise habitacional crônica

Governador Tarcísio de Freitas: Mestre na arte da retórica vazia, anunciando mais unidades habitacionais como se fosse o salvador de uma crise que ele mesmo alimenta.

Em meio a uma encenação política de suposta preocupação com a população carente, o governo anuncia a construção de mais 148 unidades habitacionais em Praia Grande. A pomposa declaração foi feita pelo governador Tarcísio de Freitas em uma reunião com autoridades, realizada na capital paulista. Porém, por trás dos discursos vazios e das promessas ilusórias, a realidade se impõe de forma cruel.

Praia Grande, uma cidade que sofre com um déficit habitacional que ultrapassa a casa dos 11 mil lares, é palco de mais um teatro político, onde a carência é usada como moeda de barganha. A prefeita Raquel Chini, em mais uma tentativa de dar uma roupagem de eficiência à sua gestão, suplica por unidades habitacionais, enquanto o governador Tarcísio de Freitas, ávido por um palco para seus devaneios políticos, aproveita-se da situação para posar como o benfeitor.

As 148 unidades anunciadas são apenas um paliativo para uma ferida social profunda. Enquanto isso, a população sofre em meio a obras inacabadas, promessas não cumpridas e uma realidade onde o acesso à moradia digna é um luxo para poucos privilegiados. O secretário de Habitação, Anderson Mendes, aplaude a medida como se fosse a solução dos problemas, mas sua voz ecoa o vazio das intenções políticas que subjazem a cada tijolo colocado nesses empreendimentos.

Enquanto isso, os números revelam a verdadeira face da crise habitacional em Praia Grande. Cem unidades habitacionais em construção pelo CDHU, 54 unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida, e a promessa de mais 258 unidades em breve. São cifras que impressionam, mas que escondem a realidade pungente das famílias que ainda aguardam por um teto digno sobre suas cabeças.

Os bairros, como Esmeralda e Vila Sônia, transformam-se em canteiros de obras abandonados, onde o concreto armado é mais uma promessa quebrada. Os nomes pomposos de conjuntos habitacionais, como Sítio do Campo e Chácara Vila Antártica, são apenas rótulos para esconder a vergonha de um sistema político que privilegia o espetáculo em detrimento da ação efetiva.

Enquanto discursos são proferidos em salas de reuniões luxuosas, as ruas de Praia Grande ecoam os gritos silenciosos de famílias desabrigadas e desesperadas. A crise habitacional não é apenas uma estatística, é uma tragédia humana que clama por uma resposta verdadeira, não por mais um capítulo na farsa política que nos engole dia após dia.

Enquanto os políticos celebram mais uma "conquista", as ruínas de promessas passadas são testemunhas mudas do fracasso de um sistema que prioriza o espetáculo em detrimento da solução. Em Praia Grande, as unidades habitacionais não são apenas tijolos e argamassa, são símbolos de uma máquina política disfuncional, onde o povo é usado como peça de barganha em um jogo de interesses mesquinhos e egoístas.



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