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Itanhaém: Idoso infarta em UPA de Itanhaém após recusa de atendimento por enfermeira

 Família enfrenta angústia enquanto sistema de saúde revela suas deficiências; enfermeira deve responder judicialmente por ato criminoso

Negligência na saúde: a tragédia de um sistema que prioriza a burocracia em detrimento da vida humana.
 

A cidade de Itanhaém foi palco de um trágico episódio de negligência na saúde pública, que resultou no infarto de um idoso de 65 anos dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local. O drama se desenrolou quando uma enfermeira, alegadamente, recusou-se a prestar atendimento ao paciente, Valmir Vidichosqui, alegando a falta do preenchimento de uma ficha prévia de triagem. O caso, que ocorreu durante a noite de sábado (6), expôs diversas falhas no sistema de saúde e levantou sérias questões sobre a qualidade do atendimento e a competência da gestão municipal.

Segundo relatos de familiares, Valmir acompanhava sua esposa e enteada, ambas diagnosticadas com dengue, na UPA, quando começou a sentir-se mal. A enfermeira, mesmo diante da gravidade da situação, teria se recusado a prestar socorro, alegando a ausência da ficha de triagem. O desfecho foi trágico: o idoso infartou na recepção da unidade, exigindo reanimação por três vezes até sua estabilização.

A atitude da enfermeira não apenas configurou uma grave negligência profissional, mas também um crime contra a vida, cujas consequências reverberam na família de Valmir e na comunidade de Itanhaém. A recusa de atendimento em uma situação emergencial como essa é inadmissível e deve ser devidamente investigada pelas autoridades competentes, tanto do ponto de vista criminal quanto ético-profissional. A enfermeira responsável pelo ato deverá responder judicialmente pelo crime cometido, além de estar sujeita às medidas disciplinares do Conselho Regional de Enfermagem (COREN).

O caso de Valmir não é um incidente isolado, mas sim um reflexo das deficiências estruturais e de gestão que permeiam o sistema de saúde pública em Itanhaém. A falta de preparo e de recursos adequados na UPA, somada à negligência de profissionais da saúde, coloca em risco a vida de milhares de cidadãos que dependem desse serviço para o atendimento emergencial.

A indignação da população diante desse episódio é palpável, mas não surpreendente. A gestão municipal, que tem o dever de assegurar a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde, demonstra, mais uma vez, sua incompetência em gerir adequadamente a UPA de Itanhaém. As diversas denúncias de negligência e falta de estrutura na unidade têm sido ignoradas pelas autoridades, deixando a população à mercê de um atendimento precário e muitas vezes desumano.

Enquanto Valmir luta pela vida na UTI do Hospital Regional Jorge Rossmann (HRJR), a família enfrenta uma angústia insuportável, alimentada pela incerteza do futuro e pela revolta diante da tragédia evitável. É urgente que medidas efetivas sejam tomadas para garantir que casos como esse não se repitam, e que a vida e a dignidade dos cidadãos sejam prioritárias em todas as instâncias do sistema de saúde pública.


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