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Acusada de sequestro de Marcelinho Carioca é presa em operação de desmantelamento de central de golpes

 Mulher envolvida no sequestro do ex-jogador está entre os detidos em uma operação que desmantelou uma quadrilha de estelionatários

A Polícia Civil realiza prisão de Eliane Lopes de Amorim, acusada de sequestrar o ex-jogador Marceliho Carioca, e desmantela central de golpes financeiros em Igaratá, SP.

A Polícia Civil prendeu Eliane Lopes de Amorim, de 30 anos, acusada de participação no sequestro do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca, em uma operação que desmantelou uma central de golpes financeiros operando a partir de um condomínio de alto padrão em Igaratá, no interior de São Paulo. A ação, realizada na última sexta-feira (21), culminou na prisão de 12 suspeitos e na apreensão de diversos equipamentos utilizados para a prática criminosa.

Eliane, que já cumpria prisão domiciliar em razão do sequestro de Marcelinho Carioca ocorrido em dezembro de 2023, foi flagrada novamente em atividade criminosa. Beneficiada anteriormente pela Justiça paulista devido ao fato de ser mãe solo de crianças menores de 12 anos, ela agora enfrenta novas acusações que podem agravar sua situação judicial.

A operação policial teve início após denúncias de vizinhos, que estranharam a movimentação intensa no imóvel alugado para temporadas, situado à beira da Represa de Igaratá. Os moradores relataram a chegada de diversos computadores e fones de ouvido, além do comportamento suspeito dos ocupantes que raramente saíam da residência.

Ao realizar a abordagem, a polícia encontrou no local uma verdadeira central de operações ilícitas, equipada com 18 celulares, 12 notebooks e três veículos: um Honda HR-V Advance, um Hyundai HB20 e um Volkswagen Golf. Além de Eliane, outros 11 suspeitos foram detidos, incluindo Felipe Felício de Almeida, Isabella Almeida da Silva, Igor Daniel da Paixão, Letícia Alves de Souza, Letícia Rocha Rosa, Douglas Florentino dos Santos Carvalho, Lucas Custódio Matos, Samara Souza Rocha, Juan da Silva Perez, Leoni Alberto Santos Lellis e Bianca Clara da Silva.

Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu uma planilha com "inúmeros nomes" nos computadores apreendidos. Dentre eles, um nome em particular estava marcado em verde: o de uma juíza de 76 anos, atuante no estado do Rio de Janeiro. Conforme apurado, a quadrilha se especializava em aplicar golpes em clientes idosos de um banco específico, utilizando táticas de engenharia social para enganar as vítimas.

A juíza, extremamente abalada, relatou que os criminosos, se passando por funcionários de sua agência bancária, conseguiram induzi-la a realizar ações como desinstalar o aplicativo do banco e o WhatsApp, facilitando assim o roubo de R$ 49 mil de sua conta.

A abordagem policial foi facilitada pela geografia do local. Cinco dos suspeitos foram detidos sem oferecer resistência, enquanto outros cinco tentaram escapar pelo terreno íngreme e acidentado, resultando em ferimentos durante a fuga. Eliane Lopes de Amorim, ao tentar fugir, fraturou duas costelas. O suposto líder da quadrilha, Leoni Alberto Santos Lellis, foi encontrado embrenhado na mata pelos moradores do condomínio. Bianca Clara da Silva tentou fugir a nado pela represa, mas acabou capturada com um corte na mão.

A operação representou um duro golpe contra as atividades ilícitas do grupo, demonstrando a eficácia da Polícia Civil em desmantelar redes criminosas sofisticadas. A investigação continuará para identificar possíveis outros integrantes e vítimas dos golpes aplicados pela quadrilha.



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