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Perseguição e importunação sexual: A realidade perturbadora nas redes sociais

 Jovem de 21 anos denuncia motorista de aplicativo por assédio virtual após corrida em Santos

A segurança nas corridas de aplicativo em foco: quando a conveniência se transforma em risco.

A crescente popularidade dos aplicativos de transporte tem trazido conveniência e praticidade para milhões de usuários. No entanto, junto com os benefícios, emergem preocupações significativas relacionadas à segurança dos passageiros. Em um caso perturbador, uma jovem de 21 anos relatou ter sido vítima de perseguição e importunação sexual por parte de um motorista de aplicativo, destacando as falhas no sistema de proteção desses serviços.

O incidente ocorreu após uma corrida realizada em Santos. A vítima, moradora de Guarujá e que preferiu manter o anonimato, contou que, na manhã de 8 de dezembro, utilizou o serviço de transporte para um trajeto que deveria ser rotineiro. A corrida, que começou na Ponta da Praia e seguiu até a Avenida Conselheiro Nébias, teve um início aparentemente normal, com o motorista se mostrando simpático e engajado em uma conversa amigável.

Durante o trajeto, o motorista questionou a jovem sobre seus interesses e, em determinado momento, revelou que havia sido traído pela ex-namorada e estava desanimado. Em uma tentativa de ser educada, a vítima sugeriu que ele buscasse ajuda espiritual, mencionando um terreiro de umbanda em Santos que conhecia por meio de sua tia. Ao final da corrida, o motorista insistiu em obter o Instagram da jovem para que ela lhe passasse o endereço do terreiro.

A partir desse momento, a situação tomou um rumo preocupante. Na mesma noite, o motorista enviou uma mensagem no Instagram da jovem, elogiando-a e se autoproclamando seu "fã número 1". Inicialmente, a vítima respondeu agradecendo e forneceu o endereço solicitado, mas a partir daí, as interações do motorista se tornaram constantes e invasivas. Reações frequentes aos stories da jovem e comentários em publicações antigas deixaram-na desconfortável, mas ela optou por ignorar as mensagens para evitar escalonar a situação.

No entanto, o incômodo transformou-se em assédio explícito quando, na madrugada de 8 de julho, o motorista enviou uma mensagem declarando sentir "tesão" ao ver as fotos da jovem, acompanhada de um vídeo dele se masturbando. A professora, horrorizada, decidiu compartilhar a situação com seu namorado, que prontamente respondeu ao assediador, e em seguida, fez uma denúncia ao serviço 180 - Central de Atendimento à Mulher.

Como a corrida ocorreu em dezembro, a jovem não conseguiu acessar os detalhes da placa do motorista pelo aplicativo, complicando a identificação do agressor. No entanto, ela encaminhou uma denúncia à Uber e registrou o caso na delegacia, onde foi classificado como perseguição e importunação sexual.

O impacto emocional sobre a vítima foi devastador. Ela relatou sentir nojo e questionar suas próprias ações, uma reação comum entre vítimas de assédio, que muitas vezes se culpam indevidamente pelas atitudes dos agressores. O medo intensificou-se quando uma amiga da prima revelou que o mesmo motorista havia perseguido sua filha e namorada anteriormente, acentuando o receio de que a situação pudesse ter sido ainda pior.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirmou o registro do caso, mas optou por preservar detalhes devido à natureza da ocorrência. Em resposta ao incidente, a Uber desativou a conta do motorista e reforçou a posição da empresa contra comportamentos abusivos, sublinhando a importância de denunciar e combater casos de assédio e violência.

Este episódio alarmante sublinha a necessidade urgente de medidas mais rigorosas para proteger os usuários de serviços de transporte por aplicativo. É imperativo que as empresas responsáveis implementem mecanismos eficazes de verificação e monitoramento de seus motoristas, garantindo que situações como esta sejam prevenidas e tratadas com a seriedade que merecem. A segurança dos passageiros deve ser prioridade absoluta, e qualquer falha nesse aspecto representa uma grave omissão de responsabilidade.



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