A promessa de fé e moralidade virou fumaça! Mauro Teixeira, ex-vereador e antigo bispo da Igreja Universal, é condenado por um esquema de rachadinha
A face da política corrompida: ex-bispo e ex-vereador Mauro Teixeira, condenado em esquema de rachadinha. |
A moralidade, por vezes, parece ser um artigo opcional em certos círculos do poder. O caso de Mauro Teixeira, ex-vereador de Guarujá e antigo bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, é um exemplo emblemático disso.
Condenado por desvios relacionados à prática de rachadinha, esquema pelo qual parte dos salários de assessores parlamentares era extorquida para alimentar interesses pessoais, Teixeira recebeu uma pena de mais de quatro anos em regime semiaberto.
Se a condenação de um político já não surpreende o público brasileiro, o fator que chama atenção neste episódio é a ironia da biografia do condenado: alguém que, de dentro de uma instituição religiosa, alcançou a política local, prometendo moralidade e fé, para, supostamente, trair seus princípios com atos típicos de uma máfia de baixo clero.
No entanto, há um twist que não pode ser ignorado: a defesa do ex-vereador insiste na tese de que as acusações têm caráter político, e que Teixeira foi alvo de perseguições. Parece uma história saída de uma novela, onde o mocinho alega ser vítima de uma conspiração, enquanto a opinião pública observa atônita mais um capítulo da "saga" que parece não ter fim no Brasil: a do colapso da ética entre nossos representantes.
Ao lado de sua esposa, também envolvida no processo, o ex-bispo ainda poderá recorrer da decisão. Enquanto isso, o caso aguarda novos desdobramentos e, quem sabe, outro espetáculo político para a audiência.
O uso da máquina pública em benefício próprio parece uma prática difícil de erradicar do cenário brasileiro. A pergunta que fica no ar, após tantas denúncias e condenações similares, é: até quando o Brasil suportará a corrosão de sua confiança nas instituições públicas?
Mauro Teixeira não é o primeiro a cair e, infelizmente, parece que também não será o último. É uma triste constatação em um país que ainda espera por redenção.
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