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Itanhaém: Homem bêbado transforma bairro Cibratel em cena de guerra doméstica

Armas, munições e distintivos falsos: polícia apreende arsenal na casa de acusado que apontou pistola para esposa e disparou para o alto

Arsenal apreendido pela polícia em Itanhaém inclui armas de fogo, munições, réplicas e distintivos suspeitos.

Itanhaém tornou-se cenário de um caso alarmante que mistura violência doméstica, porte ilegal de armas e negligência com a segurança pública. Neste último domingo (8), um homem foi preso no bairro Cibratel após ameaçar a própria esposa com uma pistola calibre .380, disparar para o alto e ocultar um arsenal em sua residência e na casa de seu pai. O episódio, carregado de tensão e risco, traz à tona os perigos do acesso facilitado a armamentos por pessoas sem preparo psicológico e emocional.

Segundo informações da Polícia Militar, tudo começou quando o acusado, visivelmente embriagado, retornava de uma festa com a esposa. Durante o trajeto, a mulher, temendo por sua vida, saltou do automóvel em movimento após ser ameaçada. Ao chegar em casa, o homem teria apontado a arma para a vítima antes de disparar um tiro para o alto, num gesto de intimidação. 

A denúncia levou os agentes a uma abordagem delicada e perigosa. Ao avistar a viatura, o acusado tentou esconder a pistola carregada com 17 munições. Mesmo resistindo à prisão, foi contido e algemado. Mais tarde, exames confirmaram sua embriaguez.

O desenrolar da ocorrência trouxe à tona uma realidade ainda mais preocupante. A esposa revelou que o homem mantinha diversas armas e munições na casa de seu pai. Com autorização para realizar buscas, a polícia encontrou um verdadeiro arsenal, incluindo: 1 pistola Imbel com 99 munições, 10 munições de 9mm, réplicas de fuzil e pistola, 2 distintivos da Polícia Civil, 1 capa de colete balístico, 2 facas, 2 coldres e 1 porta-carregador de pistola.  

Além dos itens acima, um estojo deflagrado calibre .32 também foi apreendido. As réplicas de armamentos e os distintivos da Polícia Civil levantaram ainda mais suspeitas sobre as intenções do acusado.

Durante a abordagem, o homem afirmou ter tido autorização para portar armas no passado, mas admitiu que a licença havia sido cancelada. Essa informação reforça o debate sobre o monitoramento de indivíduos que perderam o direito ao porte de armas. Como alguém com um histórico de instabilidade emocional e agora envolvido em violência doméstica conseguiu manter acesso a armamentos letais?

A prisão em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma e violência doméstica colocou o homem à disposição da Justiça, mas o caso é um retrato cruel de uma realidade que vai além das estatísticas. O acesso facilitado a armas por indivíduos sem a devida avaliação psicológica e treinamento adequado expõe a fragilidade do sistema de controle e fiscalização.

Mais do que um problema de segurança pública, este é um alerta sobre os riscos que envolvem a normalização da posse de armamentos em contextos de instabilidade emocional.



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