Cliente com deficiência é humilhado, segurança é negligenciada, e caos impera na Obramax de Praia Grande
Fachada da Obramax Praia Grande: por trás da imagem imponente, relatos de descaso, discriminação e riscos alarmantes à segurança. |
Na última quarta-feira, dia 4, uma ocorrência lamentável e reveladora de descaso marcou o atendimento de um cliente com necessidades especiais na unidade da Obramax em Praia Grande. O cliente M. C. S., temporariamente dependente de muletas canadenses, foi vítima de discriminação e truculência por parte de um funcionário da loja, que se negou a oferecer o suporte necessário para carregar um saco de cimento solicitado no drive-thru.
O episódio, carregado de insensibilidade e despreparo, começou quando M. C. S., impossibilitado de carregar qualquer objeto devido à sua condição, pediu ajuda a um colaborador da loja. Em vez de receber o auxílio esperado, o funcionário reagiu aos gritos, proferindo: "Não está vendo que eu estou atendendo?". A postura agressiva, feita para que todos os presentes ouvissem, deixou clara a falta de treinamento e empatia para lidar com situações envolvendo clientes em condições de vulnerabilidade.
Não bastasse a violência verbal, o funcionário recusou-se a se identificar quando questionado pelo cliente, virando-se de costas e se afastando. Uma tentativa de escalar o problema ao gerente resultou em mais frustração: o responsável pelo setor estava ausente, e a reclamação teve que ser recebida por um supervisor de outro departamento, demonstrando a desorganização interna da empresa.
Pilhas de cimento inclinadas e falta de sinalização evidenciam os riscos iminentes no ambiente da Obramax de Praia Grande. Foto: Alberto Presecatan MTb: 071.903. |
O despreparo no atendimento é apenas um sintoma de uma operação caótica e perigosa. Esta reportagem verificou que o ambiente da loja apresenta riscos evidentes à segurança dos clientes e colaboradores. Pilhas de sacos de cimento de 50 kg, inclinadas e aparentemente instáveis, representam um perigo iminente de acidentes. A falta de sinalização de áreas de risco e a permissão para circulação livre entre materiais pesados só aumentam a probabilidade de tragédias.
Essas falhas, além de ferirem o princípio básico da proteção ao consumidor, podem justificar uma interdição parcial ou total do estabelecimento, caso as autoridades locais decidam agir.
A única ajuda oferecida a M. C. S. veio de um cliente, o caminhoneiro Luciano, morador do bairro Anhanguera, que presenciou o ocorrido e se propôs a carregar o saco de cimento. A atitude de Luciano, de puro altruísmo, contrasta com a omissão e insensibilidade do time da Obramax.
Este blog entrou em contato com a central da empresa por e-mail, solicitando um posicionamento oficial. A assessoria de imprensa da Obramax se comprometeu em apurar o caso, e assim que o fizer, este Blog atualizará o texto.
0 Comentários