Falha mecânica e falta de manutenção levantam questionamentos sobre segurança no transporte rodoviário
Equipes de resgate trabalham na remoção das vítimas no ônibus acidentado na SP-127, em Itapetininga. |
Na madrugada desta sexta-feira, 5, a Rodovia Professor Francisco da Silva Pontes (SP-127), em Itapetininga, interior de São Paulo, foi palco de um grave acidente que resultou na morte de dez pessoas e deixou outras 23 feridas. O ônibus de dois andares, que transportava 55 passageiros, colidiu violentamente contra o pilar de um viaduto no km 171, por volta das 0h50.
Segundo informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o motorista alegou ter perdido o controle do veículo após uma pane mecânica que travou o volante. O ônibus, que fazia o trajeto de Itapeva para Aparecida, teve sua estrutura severamente comprometida com o impacto, dificultando o trabalho das equipes de resgate.
As vítimas foram encaminhadas para hospitais de Itapetininga e Sorocaba, sendo que três delas se encontram em estado grave. A rodovia ficou interditada nos dois sentidos por cerca de oito horas para a realização da perícia e remoção do veículo acidentado.
Este trágico evento levanta sérias preocupações sobre a segurança no transporte rodoviário, especialmente em relação à manutenção preventiva dos veículos e à fiscalização das condições das estradas. A ocorrência de falhas mecânicas em ônibus, que transportam dezenas de vidas, é inadmissível e exige rigorosa apuração das causas e responsabilidades.
A sociedade não pode se calar diante de tragédias como esta. É preciso que as autoridades competentes ajam com celeridade e transparência na investigação do ocorrido, garantindo que medidas efetivas sejam tomadas para evitar que eventos semelhantes se repitam. A vida humana não pode ser tratada como estatística, e a segurança no transporte deve ser prioridade absoluta.
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