GCMs são investigados por formação de milícia, corrupção e outros crimes que mancham a imagem da instituição e da cidade litorânea
 |
| Viaturas do Grupamento de Operações Especiais (GOE) estacionadas em frente à sede da GCM em Mongaguá, durante a Operação Leviatã, que investiga supostos crimes cometidos por guardas municipais. |
A cidade de Mongaguá foi palco de uma operação policial que chocou seus moradores e levantou sérias questões sobre a atuação da Guarda Civil Municipal (GCM). Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Civil deflagrou a primeira fase da Operação Leviatã, visando desarticular uma suposta rede de corrupção e criminalidade incrustada na corporação.
As investigações, que se desenrolaram sob sigilo, apontam para um cenário estarrecedor: guardas municipais, em vez de proteger a população, teriam se transformado em algozes, envolvendo-se em crimes como formação de milícia, organização criminosa, concussão, corrupção e prevaricação. A sede da GCM, casas de agentes e até viaturas foram alvo de buscas e apreensões, resultando na apreensão de celulares e outros dispositivos que podem conter provas cruciais para o desmantelamento do esquema.
A operação, que contou com a participação de agentes de diversas cidades da Baixada Santista, escancara uma realidade perturbadora: a infiltração do crime organizado em instituições que deveriam ser bastiões da lei e da ordem. A imagem da GCM de Mongaguá agora está manchada por suspeitas gravíssimas, que lançam uma sombra de desconfiança sobre todos os seus integrantes.
A população, perplexa e indignada, cobra respostas e punições severas para os responsáveis. Afinal, como confiar em quem deveria nos proteger, mas que, supostamente, se uniu à bandidagem? A Prefeitura de Mongaguá, até o momento, mantém um silêncio ensurdecedor, enquanto a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) se limita a fornecer informações vagas sobre a operação.
A Operação Leviatã é um duro golpe na imagem da cidade e um alerta para outras corporações: a corrupção e o crime não podem encontrar abrigo em instituições que juraram servir e proteger.
Que a justiça seja feita e que os culpados, sejam eles quem forem, paguem por seus crimes. Afinal, a lei é para todos, inclusive para aqueles que deveriam ser seus guardiões.
0 Comentários