Últimas Notícias

8/recent/ticker-posts

Maré Vermelha: o impacto devastador na vida dos pescadores artesanais de Itanhaém

 A proibição da pesca e a luta pela sobrevivência em meio a um fenômeno natural

Pescadores não estão saindo com seus barcos na Praia dos Pescadores, em Itanhaém, expressando sua preocupação com a proibição da pesca devido à Maré Vermelha.

A proibição da extração e venda de moluscos bivalves, como ostras, mariscos e mexilhões, imposta pelo Governo de São Paulo em decorrência da Maré Vermelha, tem causado um impacto devastador na vida dos pescadores artesanais de Itanhaém. O fenômeno, que resulta da proliferação excessiva de microalgas marinhas, tem levado à contaminação desses moluscos por biotoxinas, tornando-os impróprios para o consumo humano.

Almir Rodrigues, conhecido como Mime, pescador artesanal com 35 anos de experiência, relata as dificuldades enfrentadas pela comunidade pesqueira. A proibição da pesca, que já dura 15 dias, tem afetado diretamente a renda de inúmeras famílias que dependem da venda desses moluscos para sobreviver. "As contas não esperam", desabafa Mime, destacando a urgência da situação.

A falta de comunicação clara por parte dos órgãos governamentais sobre a liberação da pesca também tem sido motivo de frustração para os pescadores. A incerteza sobre quando poderão voltar ao trabalho aumenta a angústia e a apreensão da comunidade.

Mime relata que sua principal fonte de renda é a pesca de mariscos, ostras e caranguejos. Com a proibição, ele se viu obrigado a trabalhar apenas com a venda de caranguejos, o que representa uma renda insuficiente para suprir as necessidades de sua família.

A situação é ainda mais crítica porque a proibição da pesca ocorre em um período em que os pescadores não recebem o seguro-defeso, benefício pago pelo governo durante os períodos de reprodução dos peixes, quando a pesca é proibida.

Apesar da recente liberação da pesca de moluscos bivalves em algumas cidades do litoral paulista, como Cananéia, São Sebastião e Ilhabela, a proibição ainda se mantém em Itanhaém, Peruíbe e Praia Grande. A expectativa é que a situação seja normalizada em breve, mas a incerteza e a preocupação continuam a pairar sobre a comunidade pesqueira.

A Maré Vermelha é um fenômeno natural que ocorre periodicamente, mas seus efeitos sobre a vida dos pescadores artesanais são devastadores. A proibição da pesca, a falta de comunicação clara por parte do governo e a ausência do seguro-defeso agravam ainda mais a situação, colocando em risco a sobrevivência de inúmeras famílias.

É fundamental que o governo implemente medidas de apoio aos pescadores artesanais afetados pela Maré Vermelha, como a concessão de auxílio financeiro e a criação de programas de capacitação para que possam diversificar suas fontes de renda. Além disso, é essencial que haja uma comunicação mais transparente e eficiente sobre a liberação da pesca, para que os pescadores possam se planejar e retomar suas atividades com segurança.



Tags: #MaréVermelha #PescaArtesanal #Itanhaém #ImpactoAmbiental #Sobrevivência #ComunidadePesqueira #Crise #Governo #Apoio #Sustentabilidade

Postar um comentário

0 Comentários