Investigadores descobriram sucata ilegal, ligações clandestinas de água e luz, placas de veículos roubados e crime ambiental no local
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Autoridades investigam local de desmanche clandestino em Itanhaém, onde foram encontradas peças irregulares e indícios de crimes ambientais. Foto: Polícia Civil/Divulgação. |
Itanhaém foi palco de uma operação policial que resultou na prisão de um homem de 50 anos, identificado como Emerson Mokiti, conhecido como "Japa". Ele é suspeito de operar clandestinamente um comércio de peças automotivas, sem documentação legal e utilizando serviços irregulares de água e energia elétrica. O caso foi registrado na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém e incluiu crimes como furto, receptação, crime ambiental e crime contra as relações de consumo.
A investigação teve início quando policiais da DIG interceptaram um caminhão transportando veículos parcialmente desmontados. O condutor do veículo afirmou que estava apenas prestando serviço de retirada de sucatas do local conhecido como "Desmanche do Japa". Diante da suspeita, a equipe seguiu o caminhão até a Avenida Ribeirão Preto, no bairro Nova Itanhaém, onde funcionava o estabelecimento clandestino.
No terreno, os agentes encontraram uma grande quantidade de peças de veículos, incluindo motores, portas, faróis e sistemas de suspensão. O próprio dono do local confirmou que não possuía as licenças necessárias para operar o negócio. Durante as buscas, os policiais também localizaram dois sacos contendo cerca de 200 placas de veículos. Segundo o suspeito, as placas foram adquiridas na cidade vizinha de Peruíbe.
A situação se agravou quando a equipe identificou que uma das placas pertencia a um carro roubado em Itanhaém, enquanto outra estava vinculada a um bloqueio judicial de natureza trabalhista. Além disso, os investigadores constataram que o imóvel utilizava água e energia de forma clandestina, sem medidores ou registros junto às concessionárias de serviço público.
Outro ponto alarmante da operação foi a descoberta de práticas que resultavam em dano ambiental. O descarte de fluidos tóxicos provenientes do desmonte de motores e baterias era feito sem qualquer controle, contaminando o solo e atingindo as galerias pluviais. O terreno faz fundo com uma área de vegetação nativa, o que agrava ainda mais o impacto ambiental causado pelo estabelecimento irregular.
Diante da gravidade dos fatos, o Instituto de Criminalística (IC) foi acionado para periciar o local. Emerson Mokiti foi preso em flagrante e conduzido à delegacia, onde permaneceu à disposição da Justiça. O caso foi oficialmente registrado na DIG de Itanhaém sob as acusações de furto, receptação, crime ambiental e crime contra a relação de consumo. A investigação segue em andamento para identificar possíveis outros envolvidos e a origem das peças comercializadas ilegalmente.
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