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Mongaguá em contagem regressiva: TSE define futuro político da cidade na próxima terça-feira

Julgamento crucial no TSE decidirá se Paulo Wiazowski Filho, o Paulinho, poderá reassumir a prefeitura ou se novas eleições serão convocadas

Expectativa em Mongaguá para a decisão do Tribunal Superior Eleitoral sobre o futuro da prefeitura. Foto: Reprodução/Internet.

A cidade de Mongaguá acompanha com grande expectativa a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcada para a próxima terça-feira, 18 de março de 2025. Na pauta, o julgamento da elegibilidade de Paulo Wiazowski Filho, conhecido como Paulinho (PP), eleito prefeito em outubro de 2024. A sessão presencial, com início previsto para as 19 horas, será transmitida ao vivo pelo canal oficial do TSE, permitindo que moradores e interessados acompanhem de perto o desfecho desta disputa jurídica.

A assessoria de Paulinho manifestou otimismo em relação à decisão do TSE. Em nota, ressaltou que o prefeito eleito aguarda o julgamento com serenidade, confiante de que a justiça prevalecerá e que a vontade expressa pela maioria dos eleitores nas urnas será respeitada. Paulinho obteve a maior votação da história do município no último pleito.

Entretanto, a situação jurídica de Paulinho não é simples. O ministro André Mendonça, do TSE, já havia anteriormente reformado uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e indeferido o registro de sua candidatura. O recurso que levou a essa decisão foi apresentado pelo advogado Renato Carvalho Donato, representante da coligação "Mongaguá Sempre em Frente".

A inelegibilidade de Paulinho foi decretada em razão da desaprovação de suas contas pela Câmara Municipal referente ao período em que exerceu o cargo de prefeito em 2012. A defesa do político alega que as irregularidades apontadas se tratam de "mera negligência ou erro administrativo de gestão", sem indícios de má-fé ou intenção de causar prejuízo ao erário público, o que, segundo seus advogados, não configuraria o ato doloso de improbidade administrativa necessário para a decretação de inelegibilidade.

Diante da indefinição, Mongaguá tem como chefe do Executivo interino o vereador Luiz Berbiz de Oliveira (União), conhecido como Tubarão, que ocupa a presidência da Câmara Municipal. Ele assumiu o cargo após o afastamento de Paulinho. Caso o TSE mantenha a decisão de inelegibilidade, novas eleições deverão ser convocadas no município, com um prazo estimado entre 20 e 40 dias após a homologação da decisão judicial. Mesmo diante de um revés no TSE, Paulinho ainda teria a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em meio à incerteza, Paulinho já adiantou uma estratégia caso o resultado do julgamento no TSE não lhe seja favorável. Segundo ele, sua esposa, Cristina Wiazowski, seria a candidata em uma possível nova eleição. O prefeito eleito afirma que Cristina lidera as pesquisas de intenção de voto, conforme dados do Instituto Badra.

A pesquisa mencionada por Paulinho foi realizada nos dias 17 e 18 de fevereiro de 2025, abrangendo 1.060 eleitores residentes em Mongaguá. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Os resultados indicam que Cristina Wiazowski aparece na liderança com 36,8% das intenções de voto. Além disso, a pesquisa revelou que 38,3% dos eleitores afirmam que certamente votariam em um candidato indicado por Paulinho.

Outros nomes também foram citados na pesquisa de intenção de voto. Rodrigo Casabranca aparece em segundo lugar com 21,1%, seguido por Rafael Redó com 16,5%. O atual prefeito interino, Tubarão, obteve 5,3% das intenções de voto, enquanto Júlio da Imobiliária e o ex-vereador Baianinho registraram 4% e 3,3%, respectivamente. Paulo Roberto, secretário da atual gestão interina, aparece com 0,8%.

O advogado Renato Carvalho Donato, responsável pela ação que questionou a candidatura de Paulinho, acredita que a decisão do ministro André Mendonça será confirmada pelo plenário do TSE. "Entendo que a decisão do ministro André Mendonça será confirmada pelo plenário do TSE, até porque todos os outros casos semelhantes tiveram a mesma conclusão", declarou o advogado.

A decisão do TSE na próxima terça-feira será um marco para o futuro político de Mongaguá, definindo se a vontade da maioria dos eleitores será mantida ou se a cidade terá um novo pleito para escolher seu representante no Executivo municipal. 



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