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Alisamento à beira-mar: Uso peculiar de chapinha em tomada pública aquece debate em Santos

Mulheres usam equipamento elétrico na orla santista e viralizam, gerando debate sobre civismo e uso de recursos públicos

Momento em que mulheres utilizam chapinha conectada a tomada pública no jardim da orla da praia do Boqueirão, em Santos (SP), cena que gerou debate nas redes sociais. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Em um episódio que adiciona uma nova nuance ao conceito de "aproveitar o dia na praia", uma cena capturada na orla de Santos, tornou-se o epicentro de um burburinho digital neste fim de semana. Duas mulheres foram registradas em vídeo utilizando uma chapinha de alisar cabelos, conectada a uma tomada de energia elétrica pública, em pleno jardim da praia, no bairro do Boqueirão. O registro, feito e divulgado nas redes sociais no sábado (19) pelo vereador Alisson Sales (PL-SP), rapidamente ganhou tração, provocando uma onda de reações entre os internautas e moradores locais.

O cenário, por si só, já se mostrava singular: sob o sol característico do litoral, em meio ao paisagismo da orla, o ritual de beleza capilar destoava da paisagem habitual de banhistas e transeuntes. O ponto de energia, parte da infraestrutura pública mantida pela municipalidade, serviu de fonte para o aparelho elétrico, transformando o espaço coletivo em um improvisado salão de beleza ao ar livre.

A divulgação das imagens pelo parlamentar municipal abriu comportas para uma série de comentários que refletem não apenas surpresa, mas também indignação e questionamentos sobre a gestão do espaço público. A publicação tornou-se um fórum improvisado para o desabafo de munícipes, que expressaram seu assombro e descontentamento com a situação flagrada.

Entre as manifestações, destacam-se algumas com sentimento de incredulidade: "Quando pensamos que já vimos de tudo sempre alguém surpreende". A perplexidade deu lugar a questionamentos sobre a vigilância e a aplicação de normas no local. Outro internauta interpelou diretamente sobre a ausência de fiscalização: "Fiscalização não existe, cadê a CGM (Guarda Civil Municipal)?".

A discussão extrapolou a mera utilização do ponto de energia e adentrou a esfera da carga tributária e da gestão de recursos. Outro comentário conectou o episódio às suas próprias percepções sobre a administração municipal e os impostos pagos: "Enquanto isso pagamos o IPTU altíssimo, vivemos numa fábrica de multas". Tal postagem evidencia como um evento aparentemente trivial pode catalisar insatisfações mais amplas relacionadas à percepção dos serviços públicos e da aplicação de regras na cidade.

Até o momento da publicação desta reportagem, a Prefeitura Municipal de Santos não havia emitido um comunicado oficial ou se posicionado sobre o ocorrido. Permanece, portanto, a dúvida sobre eventuais regulamentações para o uso de tomadas públicas em áreas de lazer ou sobre possíveis medidas a serem tomadas em relação ao episódio que, inusitadamente, colocou o bairro do Boqueirão e a gestão do espaço público santista sob os holofotes digitais.

O caso segue repercutindo, alimentando debates sobre os limites entre o uso individual e o coletivo do patrimônio da cidade, em um enredo onde a vaidade encontrou, literalmente, uma conexão pública.



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