Dupla de menores foi flagrada subtraindo expressiva quantidade de produtos, totalizando quase R$ 1 mil em prejuízo para o estabelecimento comercial
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Flagrados com o “estoque” de desodorantes, adolescentes agora enfrentam as consequências de sua arriscada incursão no mundo do varejo perfumado. Foto: Reprodução/Redes Sociais. |
A noite de quarta-feira (28) o movimento da Avenida Dom Pedro I, coração pulsante do bairro Enseada, foi abruptamente interrompido por uma ocorrência que exala, ironicamente, um cheiro de encrenca. Dois jovens aprendizes da arte da "apropriação indébita", com idades de 15 e 17 anos, foram flagrados em uma missão de reconhecimento olfativo que culminou em sua detenção no estacionamento do hipermercado Carrefour. O alvo? Nada menos que 33 frascos de desodorante aerosol da conhecida marca Rexona, um verdadeiro arsenal de proteção contra as vicissitudes da transpiração, avaliado em quase mil reais – precisamente R$ 971,07, para os mais rigorosos com as cifras.
A epopeia desodorante teve seu clímax quando o alarme da discrição juvenil soou para um atento auxiliar de fiscalização do estabelecimento. Acionada, a Guarda Civil Municipal (GCM) chegou ao local para encontrar o cenário digno de comédia, não fosse a seriedade da lei. Os adolescentes, flagrados em sua "blitz" de higiene pessoal, portavam uma bolsa preta que, ao invés de livros e cadernos, abrigava o cobiçado espólio aromático. As câmeras de segurança, implacáveis testemunhas silenciosas, e o controle fiscal do hipermercado não deixaram margem para dúvidas sobre a autoria da "aquisição" não autorizada.
No desenrolar da ocorrência, os atentos agentes da GCM ainda desvendaram um mistério secundário: uma bicicleta solitária, abandonada nas imediações. Questionado, o mais jovem da dupla assumiu a propriedade do veículo, que agora repousa, talvez um pouco enferrujada de vergonha, no pátio da Diretoria de Trânsito (Ditran). Afinal, em toda fuga cinematográfica que se preze, há sempre um veículo de escape – mesmo que ele acabe sendo confiscado.
Após a breve, porém intensa, aventura, os jovens "empreendedores do frescor" foram conduzidos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Enseada. Lá, sob o olhar clínico dos profissionais de saúde, constatou-se que a adrenalina da ação não lhes causou maiores danos físicos. A integridade corporal intacta contrastava com a iminente dor de cabeça legal que os aguardava na Delegacia Sede de Guarujá.
Na delegacia, a ocorrência foi formalizada como ato infracional análogo ao crime de furto qualificado. A qualificação, nesse caso, pode ser atribuída à audácia da quantidade e ao valor dos itens subtraídos, elevando a um patamar de maior seriedade perante a lei. Após os trâmites legais, os jovens foram liberados, sob a condição de que seus responsáveis legais assinassem um termo de compromisso. Resta saber se o compromisso incluía a promessa de que, no futuro, o aroma de suas aquisições seria inequivocamente proveniente de uma caixa registradora.
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