Caso de criança agredida e medicada com antidepressivos expõe o descaso das autoridades frente ao bullying nas instituições de ensino
Marcas visíveis do silêncio: o doloroso registro de uma criança vítima de bullying. Que nossas ações possam curar suas feridas e proteger seu sorriso. |
No epicentro de uma crise educacional em Santos, um relato chocante de violência e negligência vem à tona, lançando luz sobre a precária situação das escolas municipais e a falta de proteção aos alunos. O caso de um menino de apenas 7 anos, mordido no peito por um colega e posteriormente agredido de forma sistemática por outros estudantes, revela as falhas gritantes no sistema de educação local. Agravando a situação, o garoto foi medicado com antidepressivos, evidenciando a gravidade do trauma psicológico infligido pela violência escolar.
Segundo o relato da mãe da vítima, Nathaly Feitoria, seu filho, diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), tornou-se alvo de agressões após ser mordido no peito por um colega, deixando uma cicatriz indelével. O ambiente hostil da Unidade Municipal de Ensino Doutor Fernando Costa e do Projeto Pró-Viver, extensão da escola, transformou-se em um campo de batalha onde a inocência infantil é sacrificada diante da inércia das autoridades.
A negligência da direção da escola em lidar com o bullying é assustadora. Após o incidente inicial, que deveria ter sido tratado com urgência e rigor, o menino foi transferido de sala, mas as agressões persistiram, corroendo sua segurança e autoestima. É inadmissível que um ambiente que deveria ser de aprendizado e crescimento se transforme em um cenário de terror para uma criança indefesa.
A resposta das autoridades educacionais é igualmente desalentadora. A Secretaria de Educação de Santos, representada pela secretária Cristina Barletta, limitou-se a afirmar que o caso está sendo acompanhado, sem apresentar medidas concretas para garantir a segurança dos alunos. O chamado dos responsáveis pelos agressores à escola é uma ação paliativa diante da gravidade do problema, que exige uma resposta enérgica e eficaz.
A falta de um plano efetivo de combate ao bullying nas escolas municipais é um reflexo da ausência de políticas educacionais consistentes e da negligência das autoridades em proteger a integridade física e emocional das crianças. O episódio em Santos é apenas a ponta do iceberg de uma crise que assola o sistema educacional brasileiro, minando os alicerces do futuro de nossa nação.
É fundamental que as autoridades municipais de Santos e de todo o país assumam sua responsabilidade de garantir um ambiente seguro e acolhedor nas escolas, onde cada criança possa desenvolver-se livre de medo e violência. A promoção de uma cultura de paz e respeito deve ser prioridade absoluta, sob pena de comprometermos irremediavelmente o futuro de nossa sociedade.
Diante do flagelo do bullying, não há espaço para complacência ou inação. É hora de agir com determinação e coragem para erradicar essa chaga que ameaça a alma de nossa juventude e compromete o tecido social de nossa nação. Que o caso do menino de 7 anos em Santos seja um chamado à consciência coletiva e à ação efetiva em defesa dos direitos das crianças e do futuro de nossa sociedade.
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