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Implantação de radares e lombadas eletrônicas em Praia Grande: Uma questão de segurança ou arrecadação descontrolada?

 Novos pontos de fiscalização no trânsito geram debate sobre os reais objetivos da medida e a eficácia na promoção da segurança viária

Radares e lombadas eletrônicas em Praia Grande: fiscalização ou arrecadação? O debate sobre a segurança viária ganha novos contornos com a implantação desses dispositivos.

Praia Grande está prestes a receber uma nova leva de radares e lombadas eletrônicas em seu território. A partir desta quinta-feira (18), esses dispositivos entrarão em operação em pontos estratégicos, supostamente visando aprimorar a fiscalização do tráfego e, consequentemente, aumentar a segurança nas vias. Contudo, por trás dessa aparente preocupação com a segurança, pairam dúvidas sobre as verdadeiras intenções por trás dessa medida.

A Prefeitura de Praia Grande, em colaboração com o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), anunciou que os novos equipamentos serão aferidos e entrarão em funcionamento após a validação do órgão competente. As velocidades máximas permitidas nos pontos monitorados serão de 40km/h para lombadas eletrônicas e 60km/h para radares.

É louvável a iniciativa de zelar pela segurança viária e garantir o cumprimento das leis de trânsito. No entanto, a saturação do espaço urbano com esses dispositivos levanta questionamentos pertinentes. Será que a simples instalação de radares e lombadas eletrônicas é suficiente para coibir comportamentos imprudentes dos condutores e promover uma mudança efetiva na cultura de trânsito?

Além disso, a distribuição dos novos pontos de fiscalização não parece ser aleatória. Ao observarmos os locais selecionados, surge a dúvida sobre se a preocupação maior é realmente a segurança viária ou se há uma inclinação mais voltada para a arrecadação de multas. A presença desses dispositivos em avenidas movimentadas como a Ayrton Senna da Silva, por exemplo, pode gerar interpretações de que o foco principal está na geração de receita, em vez de na proteção dos cidadãos.

O aspecto mais preocupante desta situação é a falta de transparência e debate público sobre a eficácia real desses dispositivos em reduzir acidentes e melhorar a segurança no trânsito. O que deveria ser uma medida de prevenção e proteção transforma-se, muitas vezes, em uma fonte de descontentamento e desconfiança por parte da população.

É crucial que as autoridades municipais de Praia Grande forneçam informações detalhadas sobre os critérios utilizados na escolha dos pontos de fiscalização, bem como estudos que embasem a eficácia dessas medidas. Somente assim será possível dissipar as dúvidas e garantir que a instalação desses equipamentos seja realmente em prol da segurança pública e não apenas uma estratégia dissimulada para aumentar a arrecadação de recursos.

Diante desse panorama, torna-se evidente a necessidade de um debate mais amplo e transparente sobre as políticas de fiscalização de trânsito em Praia Grande e em outras cidades do país. A segurança viária é um direito fundamental dos cidadãos, e as medidas adotadas pelo poder público devem ser pautadas na efetividade e no interesse coletivo, deixando de lado quaisquer interesses escusos ou arrecadatórios.



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