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O sono do "tribunal": Chefe de rito sanguinário é surpreendido na cama em Praia Grande

Acusado de ordenar sequestro e tortura de casal em 2023, membro de facção criminosa "acordou" com a visita da polícia em operação coordenada

Policial Civil durante a operação que prendeu o indivíduo apontado como membro chave do 'tribunal do crime' em Praia Grande. Foto: Divulgação/SSP-SP/Arquivo.

A madrugada silenciosa da última quarta-feira na Vila Sônia, em Praia Grande, foi o palco de um despertar, no mínimo, inusitado para um indivíduo que, segundo as investigações, detinha um poder considerável nos bastidores da criminalidade local. Um homem de 34 anos, apontado como membro de uma proeminente organização criminosa e, mais especificamente, peça-chave na engrenagem dos temidos "tribunais do crime", teve sua rotina abruptamente interrompida não por um chamado de seus comparsas ou uma disputa territorial, mas sim pela chegada discreta e eficaz das forças de segurança do Estado.

Enquanto, presumivelmente, repousava de suas atividades ilícitas, o investigado foi surpreendido por agentes das delegacias de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) e de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém. A ação, fruto de um trabalho investigativo conjunto no Litoral Sul, visava dar cumprimento a mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça. O alvo não era um mero peixe pequeno; a Polícia Civil o identifica como figura diretamente ligada às ordens emanadas dessas "cortes" paralelas e sanguinárias que buscam impor sua própria "lei" no submundo.

A teia que levou à sua captura remonta a um episódio chocante ocorrido em 2023, na vizinha Mongaguá. As investigações apontam que o homem preso, em conluio com um comparsa que ainda se encontra em paradeiro desconhecido, orquestrou o sequestro de um casal. As vítimas foram então conduzidas, contra a própria vontade, para um local em Praia Grande que serviria de cenário para um "tribunal do crime". Nesse ambiente de terror e barbárie, onde a violência substitui qualquer vestígio de justiça, o casal teria sido submetido a torturas e, por muito pouco, não foi executado.

Felizmente, a intervenção das autoridades na ocasião possibilitou o resgate das vítimas, sãs e salvas, embora certamente marcadas pelo horror vivenciado. A partir desse resgate e da coleta de informações cruciais, os investigadores conseguiram identificar os supostos algozes. Com as evidências reunidas, o Ministério Público solicitou e obteve os mandados necessários: ordens de busca e apreensão domiciliar para desvendar mais detalhes da estrutura criminosa e os mandados de prisão temporária contra os dois identificados pelo sequestro e tortura.

A Polícia Civil, em nota oficial, confirmou o êxito da operação e reforçou o compromisso em desmantelar por completo o grupo. As investigações, como ressalta a instituição, prosseguem intensamente com um objetivo claro: localizar e capturar o segundo indivíduo envolvido no crime, considerado igualmente relevante para a organização criminosa. A busca agora se concentra em garantir que todos os responsáveis por esses atos de selvageria sejam devidamente apresentados perante o Judiciário, onde, diferentemente dos ritos sumários que alegadamente promovem, terão a oportunidade de lidar com as consequências de seus atos sob a égide da lei real.



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