Serviços de saúde e assistência social estão paralisados há dias, e silêncio da Prefeitura de Itanhaém só aumenta a revolta dos moradores
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| Moradores do bairro Suarão enfrentam a paralisação dos atendimentos na UBS e no CRAS por falta de internet, enquanto a Prefeitura de Itanhaém permanece sem dar explicações. Foto: Prefeitura de Itanhaém/Arquivo. |
Desde a última quinta-feira (12), os moradores do bairro Suarão, em Itanhaém, estão vivendo um cenário de completo descaso administrativo. A interrupção do sinal de internet na Unidade Básica de Saúde (UBS) e no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) paralisou atendimentos essenciais. O que para muitos poderia parecer um problema técnico rotineiro, para a população local tem se tornado um verdadeiro pesadelo social.
Sem conexão, os profissionais da saúde não conseguem acessar prontuários, agendar consultas, emitir receitas nem realizar procedimentos básicos de acompanhamento médico. No CRAS, a situação não é menos grave: cadastros de programas sociais estão suspensos, orientações a famílias em situação de vulnerabilidade foram interrompidas e os atendimentos presenciais estão praticamente inviáveis.
A comunidade, que já enfrenta dificuldades históricas em acesso a serviços públicos de qualidade, agora também lida com o apagão digital. Para quem depende da UBS para garantir o mínimo de cuidado com a saúde ou do CRAS para manter benefícios sociais em dia, os dias têm sido de incerteza e indignação.
Enquanto o problema se arrasta, a Prefeitura de Itanhaém mantém-se em absoluto silêncio. Nem o prefeito Tiago Cervantes, nem o secretário municipal de Saúde, Dr. Fábio Crivellari, deram qualquer explicação oficial ou previsão de restabelecimento dos serviços. A falta de comunicação com a população alimenta um clima de revolta e frustração nas redes sociais e nos próprios corredores das unidades afetadas.
Moradores relatam que buscam informações e são recebidos apenas com respostas evasivas ou com o já clássico "não temos previsão". Para muitos, a situação revela mais que um problema técnico: expõe uma gestão desorganizada e descomprometida com as necessidades básicas da população.
A indignação cresce a cada dia. Conselhos de bairro, líderes comunitários e até usuários individuais começaram a cobrar, de forma pública, um posicionamento do poder municipal. "É inadmissível que, em pleno 2025, um bairro inteiro fique sem atendimento porque a Prefeitura não consegue garantir internet para suas próprias unidades de serviço público", desabafou uma moradora que aguardava por uma consulta agendada há meses.
Enquanto o problema não se resolve, o sentimento de abandono só aumenta entre os moradores do Suarão. Eles seguem aguardando, agora com mais desconfiança do que esperança, que a administração municipal finalmente olhe para o bairro não apenas nas convenções partidárias ou nos discursos de campanha, mas também na prática.
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