Em um ato de "consideração" inesperada, criminosos levam os pneus de uma motocicleta, mas garantem que o veículo não caia
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Quando a "arte" do furto encontra a "gentileza" de deixar a moto no cavalete. Cena inusitada após furto de pneus em Guarujá. Foto: Reprodução/Redes Sociais. |
A rotina de um motociclista no distrito de Vicente de Carvalho, Guarujá, ganhou ares de tragicomédia nesta semana. Enquanto o proprietário se dedicava aos exercícios em uma academia local, amigos do alheio promoveram um "upgrade" forçado em sua montanha de duas rodas. Ao sair, a surpresa: a moto estava lá, intacta em sua estrutura principal, mas flutuando serenamente sobre dois cavaletes, no exato local onde antes repousavam os aros e, claro, os indispensáveis pneus.
O que poderia ser apenas mais um registro nas, por vezes, peculiares crônicas policiais da região, ganhou destaque pela inusitada "gentileza" dos meliantes. Não bastasse o sumiço dos componentes essenciais para a locomoção, os autores do delito tiveram o cuidado – ou o desplante – de deixar a motocicleta apoiada, evitando, quem sabe, arranhões mais sérios ou um vexame maior para o dono ao encontrá-la ao rés do chão.
Em vídeo que rapidamente circulou pelas redes sociais na noite da última segunda-feira (5), a vítima, com uma mistura visível de incredulidade e perplexidade, resumiu a situação com um toque de humor ácido: "Tiração. Ainda colocaram dois cavaletes de brinde". A frase, carregada da ironia que só o brasileiro em situações adversas consegue expressar, capta a essência do episódio: o prejuízo material acompanhado de um "atestado" da audácia dos ladrões. Levar os pneus é uma coisa, mas deixar a moto no cavalete? É quase um serviço de pós-venda do crime.
O caso levanta questões, no mínimo, curiosas. Seria um novo nível de profissionalismo no submundo do furto? Uma demonstração de que, mesmo na criminalidade, há quem se preocupe com a "apresentação" do local do crime? Ou, quem sabe, um recado cifrado para o proprietário, algo como "levamos, mas com jeitinho para não estragar"? A mente fértil dos amigos do alheio parece não ter limites, transformando um simples furto em uma instalação artística minimalista, intitulada "motocicleta levada ao ar pelo espírito da subtração, com apoio cortesia dos amigos do alheio".
Enquanto a internet se dividia entre o riso nervoso e a indignação, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, consultada sobre o ocorrido, informou que não localizou registros com as características apresentadas. O que, de certa forma, adiciona mais uma camada de mistério – ou de burocracia – ao caso. Seria este um crime tão singular que ainda não encontrou sua classificação nos anais policiais? Ou seria a agilidade dos ladrões inversamente proporcional à velocidade do registro oficial? Perguntas que, por enquanto, pairam no ar, assim como a moto sobre os cavaletes.
Fato é que o episódio serve como um lembrete bem-humorado – se é que é possível rir de um prejuízo desses – de que a criatividade, infelizmente, não é um monopólio das atividades lícitas. E que, em Guarujá, especialmente em Vicente de Carvalho, é bom ficar de olho na moto, nos pneus e, pelo visto, até em possíveis "brindes" deixados para trás.
Legenda da Imagem: .
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