Em uma sequência de atos imprudentes que culminou em um acidente no bairro Macuco, condutora se recusou a realizar o teste de alcoolemia
A quietude e o frio da madrugada desta segunda-feira (9) no bairro Macuco, em Santos, foi interrompida pelo som de uma colisão. No cruzamento entre as ruas Borges e Silva Jardim, por volta de 1h20, uma motocicleta e um automóvel se chocaram, desencadeando uma ocorrência que revelaria uma perigosa combinação de infrações de trânsito.
Acionadas para o local, equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros encontraram um cenário que, a princípio, parecia ser mais um típico acidente urbano. No entanto, os contornos da situação mudaram rapidamente quando a atenção se voltou para a condutora da motocicleta. A mulher, cuja identidade não foi revelada, exibia sinais notórios de embriaguez, uma condição que, por si só, já a colocava em flagrante delito.
A recusa em cooperar com as autoridades foi a primeira de uma série de decisões que complicariam sua situação legal. Diante da oferta de primeiros socorros pela equipe de resgate do Corpo de Bombeiros, a motociclista negou o atendimento. A postura irredutível se estendeu ao procedimento padrão para casos de suspeita de alcoolemia: a realização do teste do etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro. A negativa em soprar o aparelho impediu a confirmação imediata do nível de álcool em seu organismo, mas não a isentou das consequências legais, uma vez que a recusa, somada aos sinais visíveis de embriaguez, é uma infração gravíssima segundo o Código de Trânsito Brasileiro.
Enquanto a condutora se mantinha desafiadora, os procedimentos administrativos seguiram seu curso. A motocicleta, em situação irregular, foi removida do local por um guincho e recolhida ao Pátio Municipal da Caneleira. A cena do acidente foi periciada e os dados, coletados para o registro da ocorrência.
Horas mais tarde, em uma reviravolta no roteiro, a mesma mulher que havia rechaçado o auxílio médico mudou de postura. Após consultar seu advogado, ela acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), queixando-se de fortes dores em uma das pernas. A equipe do SAMU a conduziu para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste, onde permaneceu sob observação médica para avaliação da lesão.
O desfecho da madrugada de imprudência foi a formalização do caso na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos. A motociclista agora responderá por uma série de infrações: lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, agravada pela direção com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) comprovadamente suspensa, e os danos materiais causados ao outro veículo envolvido. A recusa ao teste do bafômetro também constou no registro, fortalecendo as acusações perante a Justiça.
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