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O rastro do predador: A caçada e a prisão do suspeito de aterrorizar o litoral paulista com estupros em série

Homem de 43 anos, com antecedentes criminais por violência sexual, é apontado como o autor de dois ataques brutais em Mongaguá e Itanhaém

O semblante de Carlos Alberto Patriota, 43 anos, apontado como o "predador sexual" responsável por uma série de estupros que abalaram a rotina do litoral de São Paulo. Foto: Polícia Civil/DDM/Divulgação.

Carlos Alberto Patriota, de 43 anos, foi detido em São Paulo, sob a suspeita de ser o autor de dois estupros que chocaram as comunidades de Mongaguá e Itanhaém. A prisão, fruto de uma investigação meticulosa da Polícia Civil, põe fim, ao menos temporariamente, à jornada de terror de um homem descrito pela polícia como um "predador sexual".

Patriota não é um nome desconhecido nos arquivos policiais. Ele já havia sido alvo de dois inquéritos por estupro na capital paulista, em 2013 e 2018, um passado que lança uma luz sombria sobre sua conduta. A captura, realizada pela Polícia Militar no último dia 28 de maio, foi a resposta a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Três dias depois, em 31 de maio, ele foi transferido para o litoral, onde o aguardava o peso das novas acusações.

Confrontado pela delegada Damiana Shibata Requel, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itanhaém, Carlos Alberto Patriota confessou a autoria dos crimes. Em seu depoimento, tentou atribuir seus atos a um suposto vício em drogas, alegando uma incontrolável falta de domínio sobre suas ações e um posterior arrependimento. A justificativa, no entanto, não encontrou eco na avaliação da delegada. "Ele disse que não tem controle, que se arrependia, mas que ele não tinha controle desses atos”, afirmou a autoridade policial, que o classificou de forma contundente como um "predador sexual".

A brutalidade dos ataques expõe a frieza do agressor. O primeiro caso ocorreu em Mongaguá, em 27 de junho de 2024. Uma mãe, que retornava para casa após sair de um comércio, foi abordada e arrastada para uma viela. O estupro, segundo o relato da vítima à polícia, aconteceu enquanto ela segurava no colo o filho, que chorava incessantemente. Imagens de câmeras de segurança, que registraram Patriota em uma bicicleta seguindo a mulher e a criança de mãos dadas, foram cruciais para a investigação. A bicicleta, posteriormente localizada, tornou-se uma prova material importante.

Exatamente uma semana depois, o modus operandi se repetiu em Itanhaém. Desta vez, a vítima foi uma médica que saía de seu local de trabalho, um posto de saúde. Ameaçada com uma faca, ela foi forçada a entrar em seu próprio carro e a dirigir até uma residência, onde a violência sexual foi consumada.

A resposta da polícia foi ágil. Sob a coordenação das delegadas Damiana Shibata Requel e Izabela Coelho, a investigação identificou o suspeito, possibilitando a emissão do mandado de prisão. Após ser detido no bairro do Brás, em São Paulo, e passar pelo 8º Distrito Policial, Patriota foi encaminhado à cadeia pública de Peruíbe, onde permanece à disposição da Justiça para, enfim, responder por seus atos.

Para a confirmação inequívoca da autoria, foi coletado material genético de Carlos Alberto Patriota. A análise comparará seu DNA com os vestígios biológicos recolhidos das roupas das vítimas. Embora o laudo pericial ainda não tenha sido concluído, a prisão e a confissão representam um avanço significativo na busca por justiça e na restauração da tranquilidade para as cidades litorâneas.


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