Mortalidade e desamparo: Mulher de 36 anos perde a vida por dengue em Itanhaém, revelando fragilidades no combate à epidemia no município
Em uma trágica e irrefutável demonstração dos perigos que a dengue representa, uma mulher de 36 anos de idade, cuja identidade permanece sob o manto do anonimato, deu à luz um bebê poucos dias antes de sucumbir às complicações causadas pela temida doença. O fatídico desfecho ocorreu em Itanhaém, na região sul, onde a vítima tornou-se a primeira a perder a batalha contra a dengue.
Conforme apurado por este veículo informativo, a mulher, cuja condição de saúde se deteriorou rapidamente, foi diagnosticada com dengue tipo 1 enquanto ainda estava internada na maternidade do Hospital Regional Jorge Rossmann (HRJR). Apesar dos esforços da equipe médica, as complicações decorrentes da infecção se mostraram implacáveis, e a mulher veio a óbito em 13 de março.
O desenrolar desta tragédia expõe não apenas a fatalidade que ronda aqueles que são acometidos pela dengue, mas também levanta questões cruciais sobre a eficácia das medidas de combate e prevenção adotadas pelas autoridades de saúde da região. Esta não é uma história isolada; é um grito de alerta em meio a uma epidemia que já ceifou outras quatro vidas na Baixada Santista.
Diante do alarmante cenário epidemiológico, a Prefeitura de Itanhaém viu-se compelida a decretar situação de emergência em saúde pública para dengue e demais arboviroses. Esta decisão, tomada dois dias após o triste desenlace da mulher, visa ampliar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e conter a disseminação da doença que assola a comunidade.
Entre as medidas emergenciais delineadas pelo município, destacam-se a flexibilização das regras para aquisição de bens e serviços destinados ao enfrentamento da crise, bem como a possibilidade de contratação temporária de profissionais capacitados. Ademais, a suspensão de férias e folgas dos agentes de combate a endemias, saúde e vigilância epidemiológica é uma demonstração da gravidade da situação que assola Itanhaém.
No entanto, não podemos deixar de questionar: por que medidas tão drásticas só foram tomadas após a perda irreparável de uma vida? Por que a prevenção e o combate à dengue não foram prioridades desde o primeiro sinal de alerta? Onde está a responsabilidade das autoridades de saúde na proteção da população?
A morte desta mulher, que deixa um recém-nascido órfão e uma família enlutada, não pode ser em vão. É imperativo que as autoridades locais e regionais assumam a responsabilidade pelo fracasso em conter esta epidemia e ajam com urgência para evitar mais perdas irreparáveis.
Enquanto a dengue ceifa vidas e a incompetência das autoridades é exposta, a população de Itanhaém clama por justiça, por ações efetivas e por um futuro onde tragédias como essa sejam evitadas. A luta contra a dengue não pode ser travada apenas nos hospitais e nas casas; ela deve ser uma batalha liderada por aqueles que têm o dever de proteger e cuidar de seus cidadãos.
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