Últimas Notícias

8/recent/ticker-posts

Adega da ilegalidade: Quando a saúde pública vira moeda de troca em São Vicente

 Operação da DIG revela comércio ilícito de bebidas, cigarros e medicamentos em estabelecimento no Jardim Rio Branco

Garrafas de bebidas falsificadas e medicamentos controlados apreendidos pela DIG em adega no Jardim Rio Branco, São Vicente. A ação policial expõe a fragilidade da fiscalização sanitária e os riscos à saúde pública. Foto: Divulgação/Polícia Civil.

Em mais um capítulo da saga da fiscalização negligente e da falta de respeito à saúde pública, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande desvendou um verdadeiro "adega da ilegalidade" em São Vicente.

O estabelecimento, localizado no Jardim Rio Branco, operava como um balcão de venda de produtos irregulares, incluindo bebidas falsificadas, cigarros estrangeiros e medicamentos controlados.

A ação policial, deflagrada ontem, segunda-feira (27), trouxe à tona um cenário preocupante: garrafas de bebidas alcoólicas sem o selo de importação e com rótulos em língua estrangeira, em flagrante desrespeito às normas sanitárias brasileiras. Cigarros contrabandeados, que escapam da tributação e do controle de qualidade, também faziam parte do cardápio ilícito.

O que causa espécie, no entanto, é a presença de medicamentos controlados, expostos à venda sem qualquer prescrição médica. A prática, além de ilegal, representa um risco à saúde dos consumidores, que podem sofrer graves efeitos colaterais ao ingerir esses remédios sem orientação profissional. A situação se agrava quando esses medicamentos são combinados com bebidas alcoólicas e energéticos, formando um coquetel perigoso que pode levar a consequências imprevisíveis.

O proprietário do estabelecimento, preso em flagrante, responderá pelo crime de falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, previsto no artigo 273 da Lei 8.137/90. Resta saber se a punição será exemplar e se servirá como um alerta para outros comerciantes que insistem em lucrar à custa da saúde da população.

A operação da DIG levanta questões importantes sobre a eficácia da fiscalização sanitária em São Vicente. Como um estabelecimento que comercializa produtos ilegais e potencialmente perigosos consegue operar livremente, à luz do dia? A resposta, infelizmente, parece estar na falta de recursos, na burocracia excessiva e na negligência de alguns agentes públicos.

É preciso que as autoridades competentes tomem medidas enérgicas para coibir esse tipo de comércio ilegal, que coloca em risco a saúde e a segurança da população. A fiscalização precisa ser intensificada, com ações preventivas e repressivas, e os responsáveis por esses estabelecimentos devem ser punidos exemplarmente. Só assim poderemos garantir que a saúde pública não seja tratada como moeda de troca em nome do lucro fácil e irresponsável.



Tags: #SaúdePública #FiscalizaçãoSanitária #BebidasFalsificadas #MedicamentosControlados #ComércioIlegal #SãoVicente #DIG #PolíciaCivil

Postar um comentário

0 Comentários