Policial militar Vanessa Rezende é acusada de envolvimento no roubo de armas e munição; defesa contesta medida cautelar
Vanessa Rezende, policial militar agora sob custódia, é acusada de envolvimento em roubo de armas e munições. A busca pela verdade continua. |
A Justiça Militar determinou a prisão preventiva da policial militar Vanessa Rezende, sob a acusação de participação no furto de armas e munições do 6º Batalhão de Santos. Rezende, que serve como ordenança a um tenente-coronel, comandante da unidade onde ocorreu o crime, teria tentado suicídio após saber da ordem de prisão. A juíza Maria Elisa Terra Alves, do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, decretou a medida na última sexta-feira (10).
O escritório GRSantos Advogados Associados, representante legal de Vanessa Rezende, emitiu um comunicado à imprensa, através do advogado Gislaio Rian dos Santos, afirmando repúdio à prisão preventiva da cliente. Alegam que a medida não respeita o princípio constitucional da presunção de inocência. A defesa argumenta que Vanessa não representa risco à sociedade e que a decisão judicial não segue o devido processo legal.
Segundo os advogados, a juíza não considerou que a acusada é mãe de duas crianças, ambas menores de idade, e que ambas dependem dela. Aliás, uma tem apenas 5 anos.
Além disso, argumentam que, como o crime não envolveu violência ou grave ameaça, a decisão vai contra jurisprudência dos tribunais superiores. A defesa afirma que irá provar a inocência de Vanessa durante o processo e buscará sua liberdade na segunda instância do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
O furto ocorreu no domingo (5) no 6º Batalhão da Polícia Militar de Santos, uma das principais unidades da corporação na Baixada Santista. Tanto a Polícia Civil quanto a PM abriram inquéritos para investigar o caso.
Foram levadas duas pistolas Glock .40 da Polícia Militar, 210 projéteis do mesmo calibre, dois carregadores de pistola particular 9 mm, 24 projéteis particulares de pistola 9 mm e um colete à prova de bala particular.
De acordo com fontes policiais, o furto ocorreu nos alojamentos dos policiais, próximos à sala de armas do batalhão. As investigações começaram com um levantamento dos policiais que fizeram a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial (Dejem) no 6º Batalhão. Impressões digitais de Vanessa Rezende foram encontradas nos armários arrombados e projéteis furtados foram localizados em um imóvel ligado à policial.
Segundo relatos de policiais, Vanessa teria solicitado fazer a guarda no batalhão e posteriormente participado do furto. Há suspeitas de envolvimento de outras pessoas no crime, segundo as mesmas fontes.
O desdobramento deste caso será acompanhado de perto, à medida que novas informações e desdobramentos forem surgindo. A busca pela verdade e pela justiça continua, em um esforço conjunto das autoridades e da sociedade.
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