Em decisão controversa, Câmara Municipal concede benefício milionário aos próprios legisladores, enquanto a população enfrenta problemas urgentes
Enquanto a população enfrenta desafios diários, vereadores de Santos brindam-se com privilégios milionários às custas do dinheiro público. |
Na última semana, a Câmara Municipal de Santos protagonizou mais um capítulo de escárnio com o dinheiro público, ao aprovar a concessão de um "13º salário" para seus vereadores. Sob a égide da Resolução 16 de 26 de junho de 2019, aprovou-se uma emenda que institui o pagamento de um subsídio extra aos nobres edis, em um gesto que beira o absurdo diante do contexto socioeconômico que o país atravessa.
A mudança proposta no artigo 75 da mencionada resolução, que entrará em vigor a partir de 2025, demonstra uma total desconexão entre os representantes políticos e a realidade da população. Enquanto muitos cidadãos lutam para sobreviver em meio a crises econômicas e sociais, os vereadores de Santos decidem brindar-se com um privilégio que claramente não condiz com as demandas e necessidades do município.
O valor astronômico de R$ 257.449,66 por ano que cada vereador receberá como "13º salário" é um insulto à inteligência dos santistas, que veem seus serviços públicos sucateados, suas ruas esburacadas e suas escolas em condições precárias. Enquanto isso, aqueles que deveriam estar dedicados à busca por soluções para tais problemas parecem mais preocupados em engordar seus próprios rendimentos.
O uso do dinheiro público deveria ser pautado pelo princípio da responsabilidade e da transparência, mas parece que para alguns políticos, é apenas uma oportunidade de se beneficiarem às custas daqueles que deveriam representar. Afinal, como justificar um "bônus" salarial tão extravagante em um momento em que tantos brasileiros lutam para colocar comida na mesa?
A aprovação deste "13º salário" para vereadores de Santos é mais um exemplo da desconexão entre os interesses da classe política e as necessidades reais da sociedade. Enquanto isso, a população é deixada à própria sorte, clamando por representantes que os defendam verdadeiramente, em vez de se preocuparem apenas em aumentar seus próprios privilégios.
Diante desse cenário, fica evidente a urgência de uma revisão profunda no sistema político brasileiro, para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente e em benefício do povo. Enquanto isso não acontece, é papel de cada cidadão exigir transparência e prestar atenção às decisões tomadas por seus representantes, para que casos como esse não se repitam no futuro.
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