Mongaguá: Promessas vazias e Canal 2; O Esperado que nunca chega

 Moradores de Aguapeu, Mongaguá, aguardam eternamente pelo início das obras prometidas

O vazio das promessas: enquanto o povo espera, o descaso floresce nos corredores do poder.

Em um eterno jogo de espera, os moradores do bairro Aguapeu, em Mongaguá, anseiam pelo início das obras do canal 2, cuja promessa paira no ar há tanto tempo que já se tornou parte da paisagem. A saga é marcada por licitações, verbas aprovadas e expectativas frustradas, num ciclo vicioso que desafia a paciência e a inteligência dos cidadãos.

A última vez que a esperança ousou florescer foi em 19 de março, quando a empresa Agnus Engenharia emergiu como vencedora do certame, cujas portas se abriram em 2023. Na modalidade de "menor preço", a proposta de R$ 1.296.530,96 prometia dar vida às esperanças, estabelecendo um prazo de 150 dias para a conclusão das obras. No entanto, como é de praxe nesse teatro de absurdos, o que se viu foi o vazio, o eco do descaso.

A incerteza que permeia o ar é dicotômica, como uma escolha entre pílulas amargas: ou a municipalidade falhou em cumprir sua parte do acordo, ou a empresa vencedora está de braços cruzados, desrespeitando o cronograma estabelecido no edital. Não há meio-termo, não há desculpas aceitáveis que não insultem a inteligência dos contribuintes, essas pobres almas que sustentam a roda da máquina estatal com seus suados impostos. E aos senhores gestores, um aviso: o olhar vigilante desses contribuintes está cada vez mais afiado, pronto para desmascarar qualquer deslize.

Enquanto os moradores clamam por respostas, a Prefeitura os recebe com a habitual cortesia de mais prazos, empurrando-os para um labirinto de promessas vazias e desculpas esfarrapadas. Onde estão os vereadores, guardiões da ordem e fiscalizadores do povo? Sua ausência na cobrança pela inércia do executivo é, no mínimo, preocupante.

Os cidadãos já não podem mais ser reféns desses jogos políticos de interesses mesquinhos. É chegada a hora de erguer a voz e acionar as autoridades competentes, informando ao Ministério Público sobre esse atraso inexplicável. Afinal, é a voz do povo que clama por justiça, e ela não pode mais ser ignorada.

Este blog fez tentativas incansáveis de contatar a construtora responsável, mas até o momento desta publicação, o silêncio é ensurdecedor. Promessas vazias ecoam pelos corredores do poder, enquanto os cidadãos aguardam, resignados, pelo desfecho dessa trama de incompetência e descaso.

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