Carga milionária roubada no ABC tem parte recuperada em operação contra receptação em Praia Grande

Homem é preso com 300 kg de cobre furtado; operação vistoriou oito estabelecimentos e interditou três por irregularidades

Agentes da operação verificam procedência de materiais metálicos apreendidos em ferro-velho de Praia Grande. Foto: Divulgação/Jairo Marques/Prefeitura de Praia Grande.

Uma operação de fiscalização voltada ao combate da receptação de materiais furtados resultou na prisão de um homem e na apreensão de cerca de 300 quilos de cobre em Praia Grande. A ação foi realizada na manhã de quinta-feira (26), com apoio de diversos órgãos de segurança e fiscalização. Parte do material recuperado foi identificada como proveniente de um roubo ocorrido em 2023 contra uma empresa da região do ABC paulista, que estimou prejuízo de R$ 3 milhões à época.

Durante a ofensiva, equipes compostas por agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Militar, fiscais das Secretarias de Urbanismo (Seurb) e Meio Ambiente (Sema), além de técnicos do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM) e representantes de empresas concessionárias como Sabesp, CPFL e operadoras de telefonia, inspecionaram oito estabelecimentos classificados como ferros-velhos.

Em um dos locais vistoriados, os agentes encontraram uma grande quantidade de cobre armazenado, cuja procedência era duvidosa. Após verificação na delegacia, constatou-se que parte do material correspondia a itens roubados da empresa do ABC em 2023. O responsável foi detido em flagrante por receptação e permanece à disposição da Justiça.

Além da prisão, a operação resultou no fechamento de três dos oito estabelecimentos vistoriados, por apresentarem irregularidades em sua documentação e funcionamento. Ao todo, 21 pessoas foram qualificadas durante a ação. Nove balanças de pesagem foram inspecionadas, sendo que duas delas foram interditadas por uso indevido ou falta de certificação do IPEM.

A prática de receptação é tipificada como crime no artigo 180 do Código Penal Brasileiro, com previsão de pena de reclusão que varia de três a oito anos, além de multa. Ela se configura quando alguém adquire, transporta ou comercializa bens que sabe serem produto de crime, como fios de cobre, cabos elétricos, medidores de água e luz, aparelhos celulares ou grades metálicas.

De acordo com o secretário de Assuntos de Segurança Pública de Praia Grande, Maurício Vieira Izumi, as operações têm surtido efeito positivo desde que foram intensificadas em março deste ano. “Estamos monitorando os índices mês a mês e já verificamos uma redução. Os dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP) devem confirmar essa tendência. Além disso, percebemos que o caráter educativo da ação está sendo alcançado, com queda no número de irregularidades encontradas nos locais fiscalizados”, afirmou.

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