Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e bloqueia R$ 200 milhões de conta bancária de advogado suspeito de envolvimento com o crime organizado
Adélio Bispo, autor do atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, permanece no centro das investigações da Polícia Federal. |
A Polícia Federal (PF) realizou, nesta terça-feira (11), uma operação que incluiu mandados de busca e apreensão contra um dos advogados de Adélio Bispo, conhecido por ser o autor do atentado contra o então candidato à presidência Jair Bolsonaro, em 2018. A ação visou investigar possíveis conexões do advogado com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil.
De acordo com informações fornecidas pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a operação foi desencadeada com base em evidências que apontam a atuação do advogado em atividades relacionadas ao crime organizado, desvinculadas do atentado contra Bolsonaro. A PF determinou o bloqueio de R$ 200 milhões de sua conta bancária como parte das medidas cautelares adotadas na investigação.
A suspeita de envolvimento do advogado com o PCC não é recente. A PF já vinha investigando essa ligação desde 2021, com uma operação anterior realizada em 14 de março de 2023 que mirou o advogado e traficantes atuantes em Minas Gerais. Essa investigação contínua resultou na operação desta terça-feira, que buscou aprofundar as evidências e reforçar o combate às atividades ilícitas ligadas ao crime organizado.
Paralelamente às investigações sobre o advogado, a PF também concluiu um novo inquérito relacionado ao atentado de 2018. Esse inquérito reafirmou as conclusões dos anteriores, determinando que Adélio Bispo agiu sozinho, sem a influência de mandantes. O primeiro inquérito, iniciado em setembro de 2018, já havia estabelecido que Adélio atuou por iniciativa própria, e o segundo inquérito, encerrado em maio de 2020, corroborou essa conclusão.
Após a operação desta terça-feira, a PF solicitou o arquivamento das investigações diretamente ligadas ao atentado, reforçando a conclusão de que Adélio Bispo não teve cúmplices ou mandantes em seu ato.
A operação marca um passo significativo no combate ao crime organizado, ao mirar figuras que, mesmo atuando em funções legais, como a advocacia, podem estar envolvidas em atividades ilícitas. O bloqueio de uma quantia substancial, como os R$ 200 milhões, evidencia a gravidade das suspeitas e a determinação da PF em desmantelar possíveis esquemas financeiros ligados ao PCC.
O avanço das investigações contra o advogado de Adélio Bispo e outros envolvidos no crime organizado seguirá sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela sociedade. A atuação firme da PF reforça a importância de manter a vigilância contra atividades criminosas, independentemente da posição ou profissão dos suspeitos.
A operação da Polícia Federal nesta terça-feira destaca a contínua luta contra o crime organizado no Brasil e o compromisso das autoridades em investigar todas as possíveis ligações que possam fortalecer essas organizações criminosas. A atuação do advogado de Adélio Bispo, agora sob forte suspeita de envolvimento com o PCC, mostra que o combate ao crime deve ser abrangente e implacável, abrangendo todas as esferas da sociedade.
Este caso continuará a ser monitorado, aguardando novos desdobramentos que possam surgir das investigações em curso. A expectativa é que a justiça seja feita, tanto no que concerne ao crime organizado quanto à manutenção da ordem e segurança pública no país.
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