Operação Águia 06 expõe a fragilidade da segurança pública e a ousadia do crime organizado no litoral paulista
Policiais do 29º BPM/I capturam um dos suspeitos envolvidos no assalto e sequestro em Mongaguá. Foto: Divulgação/Polícia Militar. |
Em mais um capítulo da saga da criminalidade na Baixada Santista, a cidade de Mongaguá foi palco de uma audaciosa ação criminosa que culminou em uma operação policial de grande porte. O desfecho, com a prisão de três suspeitos e a libertação de um refém, não ofusca a crônica da violência que se desenrola na região, expondo a fragilidade da segurança pública e a ousadia do crime organizado.
Na segunda-feira (24), seis indivíduos armados invadiram uma empresa na Rua Marcílio dos Santos, em Mongaguá, protagonizando um assalto que rapidamente evoluiu para um sequestro. A ação, marcada pela violência e pelo desprezo pela vida, mobilizou equipes do 29º Batalhão da Polícia Militar do Interior, que contaram com o apoio da aeronave Águia 06, baseada em Praia Grande.
A perseguição aos criminosos, que tentaram a fuga em dois veículos, culminou na prisão de três suspeitos, um deles capturado após tentar escapar a pé pela orla da praia. A localização de outro suspeito, escondido em uma caixa d'água vazia, só foi possível graças à colaboração da população, que acionou a polícia via 190.
A operação, que resultou na apreensão de uma arma e na libertação do refém, é um sucesso tático para as forças de segurança, mas não apaga a sombra da violência que paira sobre a região. A ousadia dos criminosos, que agiram em plena luz do dia e não hesitaram em sequestrar um civil, é um sintoma da crescente sensação de insegurança que assola o litoral paulista.
A captura de apenas três dos seis suspeitos envolvidos no crime levanta questões sobre a efetividade das ações de combate ao crime organizado na região. A fuga dos demais criminosos, que permanecem foragidos, é um lembrete de que a batalha contra a violência está longe de ser vencida.
A sociedade exige respostas e ações concretas para conter a escalada da criminalidade. A segurança pública não pode ser tratada como um apêndice da agenda política, mas sim como uma prioridade inegociável. A população tem o direito de viver sem medo, de trabalhar e circular livremente sem a ameaça constante da violência.
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