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Cem anos, em silêncio: Teatro Coliseu de Santos, um monumento à inércia estatal

 Vistoria do Condephaat apenas confirma o óbvio: a restauração do Teatro Coliseu é um monumento à incompetência e descaso

Teatro Coliseu de Santos: um centenário de silêncio e abandono.

Em meio a um silêncio ensurdecedor, o centenário Teatro Coliseu de Santos completa um século, de portas fechadas. A recente vistoria realizada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), motivada por denúncias e uma ação civil pública, apenas confirmou o que já era evidente: as obras de restauro, em curso há anos, são um exemplo gritante de má gestão e desperdício de recursos públicos.

O relatório do Condephaat, embora afirme que as obras seguem as normas vigentes, não esconde a morosidade e os sucessivos atrasos que marcaram o projeto. A visita técnica, realizada por especialistas em restauro, constatou o óbvio: o teatro encontra-se em estado deplorável, com suas instalações deterioradas e seu potencial cultural completamente sufocado pela inércia estatal.

A história do Teatro Coliseu é marcada por promessas vazias e sucessivos adiamentos. Inaugurado em 1924, o teatro viveu seu auge nas décadas seguintes, sendo palco de grandes espetáculos e eventos culturais. No entanto, o descaso e a falta de investimentos levaram ao seu fechamento e abandono, transformando-o em um símbolo da decadência do patrimônio histórico de Santos.

As obras de restauro, iniciadas há anos, arrastam-se em um ritmo lento e incerto. A empresa responsável, Lemam Construções e Comércio Ltda., acumula um histórico de atrasos e problemas em outras obras públicas, o que levanta sérias dúvidas sobre sua capacidade de concluir o projeto dentro do prazo e do orçamento.

A situação do Teatro Coliseu é um reflexo da falta de planejamento e da má gestão dos recursos públicos. Enquanto milhões de reais são investidos em obras faraônicas e projetos de duvidosa relevância, o patrimônio histórico da cidade definha em meio ao descaso e à incompetência.

É preciso que a sociedade civil e os órgãos de controle exijam mais transparência e agilidade na condução das obras de restauro do Teatro Coliseu. O patrimônio histórico é um bem público e deve ser tratado com o respeito e a seriedade que merece.



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