Desafios e desigualdades marcam o atendimento na emergência de Praia Grande
População clama por mudanças diante da crise na saúde pública de Praia Grande. |
A falta de empatia e a negligência exacerbada parecem ser a tônica que permeiam a atmosfera da administração vigente no Pronto-Socorro Central de Praia Grande. Diante de relatos alarmantes, os usuários que buscam atendimento nesse ambiente de saúde público veem-se diante de cenários desoladores, repletos de ineficiências e desrespeito aos direitos mais fundamentais do cidadão.
Um dos principais pontos de crítica recai sobre o departamento de ortopedia, onde uma profissional estrangeira, com limitações no domínio do idioma pátrio, frustra aqueles que buscam alívio para suas dores físicas. A ausência de diálogo claro, somada à prática incomum de não utilizar carimbos em documentos médicos, culmina em um obstáculo adicional para aqueles que anseiam por um tratamento digno e eficaz.
A comunicação, pedra angular no relacionamento médico-paciente, é colocada em segundo plano, ignorando a diversidade linguística presente na clientela atendida. A barreira linguística torna-se um entrave intransponível para indivíduos que dependem do sistema de saúde pública para obterem cuidados necessários.
A titulação acadêmica dos gestores do hospital não se traduz em competência ou sensibilidade para lidar com as demandas do serviço público. A falta de entrega e comprometimento tornam evidente a necessidade premente de uma intervenção enérgica por parte dos órgãos fiscalizadores.
Urge, portanto, que o Ministério Público se atente à situação, investigando a qualidade dos serviços prestados pela entidade responsável, a SPDM, no âmbito municipal de Praia Grande. A população, onerada por um serviço de alto custo financeiro, clama por uma contrapartida condizente com os encargos fiscais que despende.
A transparência é escassa quando se descortina a realidade dos profissionais que laboram na unidade de saúde, pois médicos denunciam atrasos salariais recorrentes, fator que denota um desalinhamento entre o município e a Organização Social em questão. Tão inaceitável quanto incoerente é a situação em que uma entidade encarregada dos serviços sociais não cumpre com suas obrigações elementares.
É mister almejar uma pronta intervenção que assegure que o cidadão não permaneça à mercê de estruturas negligentes e desidiosas. Se a harmonia entre os entes públicos e as organizações sociais é comprometida, impõe-se às autoridades locais a ação assertiva em prol dos contribuintes legítimos e engajados.
Esta é uma conjuntura onde os interesses públicos e a justeza social devem sobrepujar quaisquer descompassos ou descaminhos que comprometam a qualidade e a eficácia dos serviços de saúde oferecidos à população vulnerável de Praia Grande.
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