Últimas Notícias

8/recent/ticker-posts

Vape: A nova ameaça à juventude brasileira

 O cigarro eletrônico se disfarça em sabores e aromas para conquistar os jovens, enquanto especialistas alertam para os perigos

Especialistas de todo o mundo têm alertado para os riscos do vape para os jovens, muitas vezes atraídos pelos sabores e também pelo "modismo".

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Brasil se vê diante de um paradoxo alarmante. Enquanto as políticas de controle do tabaco tradicionais demonstram resultados positivos, com a redução da prevalência de fumantes entre os homens e a consequente diminuição da mortalidade por câncer de pulmão nesse grupo, uma nova ameaça emerge: o cigarro eletrônico, popularmente conhecido como vape.

Com um apelo estético e sensorial, o vape se mascara em uma aura de inocuidade, seduzindo, sobretudo, a população jovem. Dados alarmantes do Ministério da Saúde revelam que mais de um milhão de brasileiros já experimentaram o dispositivo, sendo 70% desse público composto por adolescentes e jovens adultos entre 15 e 24 anos. A Fundação do Câncer, em parceria com outras instituições, reforça o alerta sobre os perigos do vape e a necessidade de ações urgentes para conter essa epidemia silenciosa.

O cigarro eletrônico, apesar de proibido no Brasil desde 2009, encontrou um terreno fértil para se propagar, impulsionado pela falta de informação e pela astúcia da indústria do tabaco. A nicotina presente no vape, em concentrações até três vezes maiores do que nos cigarros convencionais, causa dependência química rápida e intensa, abrindo caminho para o tabagismo tradicional e uma série de doenças graves.

Estudos científicos apontam que os usuários de vape têm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, além de diversos tipos de câncer. A Evali (Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico), uma condição grave e potencialmente irreversível, é apenas uma das faces dessa ameaça à saúde pública.

Diante desse cenário preocupante, especialistas defendem a retomada urgente de campanhas educativas abrangentes, o endurecimento da fiscalização para coibir o contrabando e a comercialização ilegal do vape, e o aumento da tributação sobre os dispositivos. A educação, desde a infância, é apontada como um pilar fundamental para desmistificar o vape e empoderar os jovens a fazerem escolhas conscientes sobre sua saúde.

No entanto, a batalha contra a indústria do tabaco, com seu imenso poder econômico e suas estratégias de marketing sofisticadas, é árdua e exige um esforço conjunto de toda a sociedade. A mobilização de organizações da sociedade civil, profissionais de saúde, educadores e formuladores de políticas públicas é crucial para proteger a juventude brasileira e garantir um futuro livre do tabagismo em todas as suas formas.

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, em 2024, serve como um alerta contundente. O vape, com seu apelo sedutor e seus riscos ocultos, representa um desafio urgente para a saúde pública brasileira. É hora de agir com firmeza e determinação, antes que seja tarde demais.



Tags: #Vape #CigarroEletrônico #SaúdePública #CombateAoFumo #Juventude #Tabagismo

Postar um comentário

0 Comentários