Caminhoneiro vítima de sequestro em São Vicente: O drama por trás do volante

Motorista foi sequestrado, mantido em cativeiro e resgatado pela Guarda Civil Municipal; investigação segue sem respostas definitivas

Patrulhamento da Guarda Civil Municipal em regiões de risco é essencial para combater o aumento de crimes contra caminhoneiros. Foto: GCM/São Vicente.

Na manhã de ontem, quinta-feira (23), um caminhoneiro foi vítima de uma trama de terror. Em São Vicente, no bairro Samaritá, o profissional do volante foi sequestrado por um grupo de criminosos, mantido em cárcere privado e liberado apenas horas depois. O caso, que mobilizou a Guarda Civil Municipal (GCM), a Polícia Militar e a Polícia Civil, deixa em evidência a vulnerabilidade de quem enfrenta os perigos diários nas rodovias brasileiras.

O pesadelo começou quando a vítima, transportando uma carga de aparelhos de ar-condicionado, foi surpreendida pelos assaltantes. O caminhoneiro foi levado a um cativeiro em uma região de mata, enquanto o veículo desaparecia com o precioso carregamento. A ação rápida e coordenada das autoridades seria fundamental para o desfecho do caso, mas também levantaria questionamentos sobre a crescente violência contra transportadores de carga.

Após a denúncia, a equipe do Grupamento de Operações com Cães (GOC) da GCM foi direcionada ao bairro Samaritá, onde o sinal de GPS do caminhão havia sido detectado em meio a uma região de mata fechada. No entanto, ao chegarem ao local, não encontraram o veículo, tampouco a vítima. Paralelamente, viaturas da Polícia Militar também patrulhavam a área, em uma caça frenética por pistas que pudessem levar ao paradeiro do motorista.

Não tardou para que o trabalho dos agentes gerasse resultados. Durante um patrulhamento na Rua Mecanizada, nas proximidades do local indicado, os integrantes do GOC avistaram um homem entrando no caminhão. A abordagem foi imediata, revelando um desfecho inesperado: tratava-se do próprio motorista, que havia acabado de ser libertado pelos sequestradores. Segundo o relato da vítima, ele fora mantido sob vigília constante em um cativeiro improvisado e liberado apenas quando os criminosos consideraram seguro.

A vítima foi conduzida ao 3º Distrito Policial de São Vicente, onde prestou depoimento detalhando as horas de terror vividas sob o controle dos assaltantes. Com base em suas informações, a corporação retornou à região do Samaritá e Quarentenário na tentativa de localizar a carga roubada. As buscas levaram os agentes até a Rua Símbolo, onde um carro utilizado no assalto foi identificado e apreendido para perícia.

A investigação segue agora sob responsabilidade da Polícia Civil, que tenta rastrear os criminosos envolvidos e recuperar os equipamentos roubados. No entanto, até o momento, não há informações sobre prisões ou sobre o local exato do roubo. A ausência de respostas concretas reforça o clima de impunidade que paira sobre crimes contra caminhoneiros e o setor logístico como um todo.

Enquanto as autoridades tentam dar uma resposta ao caso, resta aos profissionais da estrada redobrar a atenção e torcer para que medidas mais efetivas de segurança sejam implementadas. Afinal, para quem vive na boleia de um caminhão, cada viagem pode representar não apenas um meio de sustento, mas também um verdadeiro teste de sobrevivência.