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Maré de aparelhos ilícitos: Baixada Santista sob o foco da Operação Big Mobile

Megaoperação policial revela esquema colossal de receptação de celulares roubados, com a região litorânea liderando o ranking de apreensões

Policiais civis apreendem milhares de celulares em operação contra receptação na Baixada Santista e em São Paulo. Foto: Divulgação/Polícia Civil.

A Polícia Civil do estado de São Paulo deflagrou, na última segunda-feira (10), a terceira fase da Operação Big Mobile, uma ação contínua que visa desmantelar um intrincado esquema de receptação de celulares roubados. A Baixada Santista emergiu como o epicentro das apreensões, consolidando-se como um ponto nevrálgico do comércio ilegal de dispositivos móveis.

Com um contingente de 315 policiais civis, a operação se estendeu por diversas localidades, com foco em estabelecimentos comerciais suspeitos de abrigar um verdadeiro entreposto de celulares de origem duvidosa. O resultado foi um balanço impressionante: 10,7 mil aparelhos apreendidos, um número que lança luz sobre a magnitude do mercado paralelo de celulares roubados no estado.

A Baixada Santista, integrante do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) 6, liderou o ranking de apreensões, com 4,5 mil celulares recuperados, o que representa 42,8% do total. A cidade de São Paulo e a região metropolitana da capital registraram 3,3 mil e 1,2 mil aparelhos apreendidos, respectivamente.

As cidades de Santos, Cubatão, Guarujá e Bertioga foram as que mais contribuíram para o número expressivo de apreensões na Baixada Santista, com um total de 3.401 aparelhos recuperados. Em Praia Grande e São Vicente, foram apreendidos 188 celulares, enquanto na região de Jacupiranga, 153 aparelhos foram recuperados. A região de Registro teve 18 celulares apreendidos, e as cidades de Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe somaram 865 aparelhos recuperados.

A ação policial resultou na prisão de 69 pessoas e na restituição de 737 celulares aos seus legítimos proprietários. A maior parte das devoluções (672) ocorreu na capital paulista, com a região central da cidade concentrando o maior número de aparelhos recuperados.

As fases anteriores da Operação Big Mobile, realizadas em janeiro na capital e na Baixada Santista, já haviam resultado na recuperação de mais de 16 mil celulares. Cerca de 2 mil aparelhos já estão em processo de devolução às vítimas.

A Polícia Civil continua trabalhando para identificar os proprietários dos celulares recuperados e garantir a devolução dos aparelhos. A ação policial também visa desmantelar a cadeia de receptação, que alimenta o mercado ilegal de celulares roubados.

A Operação Big Mobile expõe a fragilidade da segurança pública no combate ao roubo e furto de celulares, crimes que se tornaram cada vez mais comuns nas grandes cidades brasileiras. A facilidade de revenda de aparelhos roubados, impulsionada pela demanda por dispositivos móveis a preços mais acessíveis, alimenta um mercado paralelo que movimenta milhões de reais e causa prejuízos incalculáveis às vítimas.

A ação policial também revela a necessidade de um maior controle sobre o comércio de celulares usados, com o objetivo de dificultar a revenda de aparelhos roubados e desestimular a prática de crimes como roubo e furto de celulares.



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