Condutor apresentou índice de álcool no sangue acima do limite criminal e confessou ter comprado revólver calibre .22 sem registro
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| Fiscalização da Polícia Militar Rodoviária na Rodovia Anchieta; ação resultou na prisão de motorista por embriaguez ao volante e porte ilegal de arma. Foto: Polícia Militar Rodoviária/Divulgação. |
Uma ação de patrulhamento da Polícia Militar Rodoviária resultou na prisão em flagrante de um motorista por dirigir sob efeito de álcool e por porte ilegal de arma de fogo na manhã da última segunda-feira (14). O incidente ocorreu na Rodovia Anchieta (SP-150), uma das principais vias de ligação entre a capital paulista e a Baixada Santista, na altura do município de São Bernardo do Campo.
De acordo com as informações fornecidas pelo 1º Batalhão de Polícia Rodoviária (1º BPRv), responsável pela fiscalização no trecho, a equipe realizava patrulhamento de rotina pela pista norte (sentido São Paulo) quando, por volta do km 40, decidiu abordar um veículo ocupado por dois indivíduos. A motivação inicial da abordagem não foi detalhada no comunicado oficial.
Durante a revista veicular, os policiais militares localizaram no interior do carro um revólver calibre .22. A arma, segundo a corporação, estava desmuniciada no momento da apreensão e não possuía registro, configurando porte ilegal conforme a legislação vigente. Ao ser questionado sobre a procedência do armamento, o condutor do veículo admitiu tê-lo adquirido de forma irregular, informando ter pago a quantia de R$ 1.500,00 pela arma.
Além da posse da arma sem autorização legal, os policiais notaram que o motorista apresentava sinais característicos de embriaguez, como fala pastosa, odor etílico e dificuldade de equilíbrio. Diante da suspeita, foi realizado o teste do etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro. O resultado aferido foi de 0,61 miligramas de álcool por litro de ar alveolar expelido (mg/L).
Este índice é consideravelmente superior ao limite estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para a configuração de crime de trânsito. A legislação atual (Art. 306 do CTB) prevê que conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, com concentração igual ou superior a 0,34 miligramas de álcool por litro de ar alveolar, é crime passível de detenção, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir. O próprio motorista, segundo a polícia, confirmou ter feito ingestão de bebida alcoólica antes de assumir a direção do veículo.
Face à constatação do crime de embriaguez ao volante, confirmado pelo teste do etilômetro e pela confissão, somado ao crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, o condutor recebeu voz de prisão em flagrante ainda no local da abordagem. Ele foi então encaminhado ao 3º Distrito Policial (DP) de São Bernardo do Campo, onde a ocorrência foi formalmente registrada e as providências legais cabíveis foram adotadas pela Polícia Civil. O indivíduo permanecerá à disposição da Justiça para responder pelos atos ilícitos. Ele passará por audiência de custódia.
O comunicado da Polícia Militar Rodoviária informou ainda que o veículo foi liberado após a conclusão dos procedimentos na rodovia. Geralmente, a liberação ocorre quando há um passageiro habilitado e em condições de conduzir o veículo, ou mediante a apresentação de um condutor habilitado que se responsabilize pela remoção segura do automóvel, evitando assim a necessidade de guinchamento para um pátio. Não foram fornecidos detalhes sobre a situação do segundo ocupante do veículo abordado.
O episódio ressalta a contínua necessidade de fiscalização nas estradas para coibir práticas perigosas como a combinação de álcool e direção, um dos principais fatores de risco para acidentes graves, e para combater a circulação ilegal de armas, que impacta diretamente a segurança pública. As operações de patrulhamento e abordagem são ferramentas essenciais nesse contexto, visando garantir a segurança de todos os usuários das rodovias.
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