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Concessão de rodovias ao litoral paulista promete empregos, mas alimenta a polêmica dos pedágios

 Leilão de obras gerará 24 mil empregos, porém usuários temem impacto das novas tarifas

O futuro da mobilidade: a rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Itanhaém, aguarda por melhorias enquanto o debate sobre concessões e pedágios ecoa entre os motoristas.

Na iminência do leilão que definirá o futuro das rodovias do Lote Litoral Paulista, a expectativa de geração de mais de 24 mil empregos é abalada pela sombra sinistra das novas tarifas que se avizinham. Sob a promessa de investimentos milionários e melhorias estruturais, o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) é colocado em xeque pela população, que já se prepara para enfrentar os impactos econômicos que virão.

Na próxima terça-feira, dia 16, será decidido o destino das estradas que conectam o Alto Tietê à Baixada Santista, em um leilão onde o critério principal parece ser o peso que os bolsos dos usuários suportarão. Os números são grandiosos: 213 km de rodovias, um prazo de concessão de 30 anos, e um investimento estimado em R$ 4,3 bilhões. Contudo, por trás das cifras reluzentes, há um povo preocupado com o custo que terá que arcar para transitar pelas vias.

As obras prometem um novo panorama viário: mais de 90 km de duplicações, 10 km de faixas de ultrapassagem, 47 km de acostamentos e a construção de 73 km de ciclovias, além de 27 novas passarelas para pedestres. Serviços como atendimento mecânico, guincho, socorro e monitoramento por câmeras são anunciados como parte do pacote de melhorias. No entanto, enquanto se fala em infraestrutura, a sombra dos pedágios paira sobre a população como uma nuvem carregada de incertezas.

A participação no leilão é aberta a sociedades e pessoas jurídicas, brasileiras ou estrangeiras, em consórcio ou isoladamente. O critério de seleção é o desconto oferecido sobre o valor da contraprestação a ser paga ao poder concedente. Mas, para muitos, a questão vai além do desconto oferecido: é sobre quem arcará com o ônus das tarifas inflacionadas e se os benefícios realmente compensarão o peso nos bolsos dos cidadãos.

A crítica é acerba: enquanto o governo celebra os números de empregos gerados e os investimentos prometidos, a população se vê presa em um jogo onde as regras parecem desfavoráveis. O discurso da modernização e desenvolvimento das vias é eclipsado pelo temor do encarecimento do transporte e pelos lucros que alimentarão os cofres das empresas concessionárias.

Resta saber se o leilão definirá não apenas o executor das obras, mas também o preço que os cidadãos pagarão por cada quilômetro percorrido. Enquanto os dados econômicos impressionam, é a voz do povo que ecoa, clamando por uma concessão que seja verdadeiramente benéfica para todos, e não apenas para alguns privilegiados. A balança entre progresso e justiça social pende perigosamente, e apenas o futuro dirá em qual direção ela se inclinará.



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