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Conselho Deliberativo do Santos rejeita contas de Andres Rueda por gestão temerária

 Relatório aponta irregularidades que podem resultar em processo de expulsão do ex-presidente do quadro associativo do clube

Desafios da gestão: O Santos Futebol Clube enfrenta repercussões após reprovação das contas de 2023, sob a administração de Andres Rueda. Imagem ilustrativa da sede do clube.

O Conselho Deliberativo (CD) do Santos tomou uma decisão contundente, reprovando, por maioria de votos, as contas referentes ao ano de 2023, sob a gestão de Andres Rueda. Esse veredito, que marca o desfecho da administração que culminou no rebaixamento do clube à Série B do Campeonato Brasileiro, foi embasado em um relatório do Conselho Fiscal (CF) que destacou a presença de um superávit de pouco mais de R$ 1 milhão. No entanto, o órgão fiscalizador justificou sua recomendação de reprovação atribuindo à gestão de Rueda o rótulo de "temerária", uma sugestão que recebeu a concordância dos conselheiros presentes.

Diante desse desfecho, o relatório em questão será agora encaminhado à Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS), um órgão de avaliação mais amplo. Nessa instância, Andres Rueda terá o direito de apresentar sua defesa, sendo este um passo crucial no desenrolar do processo. A partir daí, caberá à CIS avaliar se há elementos suficientes para a abertura de um processo de expulsão do ex-presidente do quadro associativo do clube.

Não é a primeira vez que o Santos se vê diante de uma situação como essa. Quatro ex-presidentes que antecederam Rueda foram expulsos pelo mesmo motivo: gestão temerária. Odílio Rodrigues (em abril de 2016), Modesto Roma Júnior (novembro de 2019), José Carlos Peres e Orlando Rollo (ambos em dezembro de 2022) são exemplos dessa história conturbada. É válido mencionar que Odílio Rodrigues, em julho de 2017, obteve na Justiça a reintegração ao quadro associativo do clube.

Dentre as questões levantadas no relatório do Conselho Fiscal que pesam negativamente contra o ex-presidente, estão o adiantamento de R$ 25 milhões pela Brax, uma empresa de marketing esportivo responsável pela comercialização de placas de publicidade, e a antecipação de R$ 30 milhões por parte da Federação Paulista de Futebol, referentes ao Paulistão 2024. Esses valores, segundo a gestão atual, seriam destinados ao pagamento de salários dos funcionários.

No entanto, a gestão encerrada não cumpriu com esse compromisso, resultando no não pagamento dos vencimentos de dezembro a alguns funcionários, o que acabou por sobrecarregar a administração subsequente. Em relação ao contrato com a Brax, que estava programado para encerrar em dezembro de 2024, o Conselho Fiscal alega que a renovação deveria ser uma decisão da gestão eleita em dezembro do ano anterior.

Esses episódios evidenciam a complexidade e a responsabilidade inerente à administração de instituições tão emblemáticas quanto os clubes de futebol. O desdobramento desse processo será acompanhado de perto pelos sócios, torcedores e demais envolvidos com o Santos Futebol Clube, na expectativa de que sejam garantidos os princípios de transparência, lisura e responsabilidade na condução dos destinos da agremiação.



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