Com desconto expressivo e projetos robustos, consórcio liderado pela Companhia Brasileira de Infraestrutura vence disputa internacional
Governador Tarcísio de Freitas conduzindo com firmeza o martelo do leiloeiro, selando o futuro da infraestrutura rodoviária de São Paulo. |
Ontem, terça-feira (16), os holofotes da infraestrutura voltaram-se para a sede da B3, no coração da capital paulista, onde se desenrolou uma disputa de proporções internacionais. O leilão do Lote Litoral Paulista, composto pelas estradas Padre Manoel da Nóbrega, Mogi-Bertioga e Mogi-Dutra, foi o palco de uma acirrada concorrência entre gigantes do setor rodoviário. Ao final, o veredito não apenas consagrou o consórcio Novo Litoral como vencedor, mas também inaugurou uma nova era de perspectivas para o desenvolvimento infraestrutural do litoral de São Paulo.
Encabeçado pela Companhia Brasileira de Infraestrutura (CBI), o consórcio Novo Litoral desbancou concorrentes de peso, como a espanhola Acciona, com uma proposta que não apenas impressionou pelo seu deságio de 10,17% sobre a contraprestação pública máxima, mas também prometeu um renovado impulso para a região litorânea do estado. Sob a batuta do governador Tarcísio de Freitas, o martelo foi batido, assinalando não apenas uma transação financeira, mas o início de uma jornada rumo à modernização e prosperidade.
O escopo dessa concessão abarca um total de 213km de estradas, conectando municípios do Alto Tietê à Baixada Santista e ao Vale do Ribeira. Um contrato estimado em R$ 4,3 bilhões, com um prazo de 30 anos e a promessa de gerar cerca de 24 mil postos de trabalho, impõe uma expectativa palpável de crescimento econômico e social para a região.
No epicentro desse empreendimento encontra-se a visão do governador Tarcísio de Freitas, que, em declarações durante o evento, enfatizou o dinamismo do programa de infraestrutura do estado de São Paulo. "É uma semana importante para nós, uma semana de realização e de sinalização ao mercado, que aqui tem um programa de infraestrutura vivo", pontuou o governante. Suas palavras ecoaram como um chamado ao setor privado, enfatizando a solidez dos projetos e o iminente influxo de investimentos.
A participação de diversas autoridades, como o vice-governador Felício Ramuth e o secretário estadual de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, sublinha a magnitude desse marco para o estado. Não é apenas uma conquista isolada, mas um componente integral de um ambicioso Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP), que congrega projetos avaliados em R$ 220 bilhões. O desconto substancial de 10,17% promovido pelo governo estadual, reduzindo a contrapartida anual para R$ 179,1 milhões, testifica não apenas a atratividade do empreendimento, mas também a eficiência na gestão dos recursos públicos.
Ao trazer à tona os bastidores desse leilão, não se pode negligenciar o papel dos competidores. Além da vitoriosa CBI, o consórcio Novo Litoral conta com a expertise da construtora CLD. A Acciona, por sua vez, conhecida por sua parceria no projeto da Linha 6-Laranja do metrô, apresentou uma proposta competitiva, embora não tenha logrado a vitória. O secretário Rafael Benini expressou sua gratidão ao governador pela oportunidade de conduzir esse leilão, ressaltando a importância do trabalho em conjunto para o progresso infraestrutural.
Mas o que significa essa concessão para os cidadãos e usuários das rodovias contempladas? Para além das cifras e dos acordos de bastidores, o verdadeiro impacto será sentido nas estradas que ligam os municípios de Arujá a Miracatu. Duplicações, faixas de ultrapassagem, acostamentos, ciclovias e passarelas para pedestres representam não apenas melhorias tangíveis na infraestrutura viária, mas também uma promessa de segurança e eficiência para os que transitam por essas vias.
O aspecto inovador dessa concessão se evidencia na implementação do sistema de pagamento automático de tarifas, conhecido como free flow. Sem praças de pedágio convencionais, esse sistema baseado em tecnologia de ponta não apenas agilizará o fluxo de veículos, mas também garantirá uma cobrança mais justa e transparente, correlacionada com a distância percorrida entre os 15 pórticos instalados ao longo das estradas.
Com esse capítulo concluído, abre-se uma nova página na história da infraestrutura rodoviária do litoral paulista. Uma página marcada não apenas por investimentos financeiros, mas também por uma visão compartilhada de progresso e desenvolvimento. À medida que as obras se iniciam e as promessas se concretizam, é imperativo que a população mantenha-se vigilante, assegurando que os benefícios dessa concessão sejam verdadeiramente democratizados e duradouros.
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