A busca incessante por anulação da condenação esbarra na solidez das provas e no tempo decorrido
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá: a busca pela anulação da sentença esbarra na solidez das provas e no tempo decorrido. |
Quinze anos após o crime que chocou o Brasil, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pelo assassinato da pequena Isabella, reacendem a chama da esperança – ou seria desespero? – ao buscar a anulação da sentença que os mantém sob o jugo da Justiça. A revisão criminal, último recurso em um processo já transitado em julgado, é a cartada final da dupla, que insiste em negar a autoria do crime que ceifou a vida da menina de apenas 5 anos.
A estratégia da defesa, liderada pelo renomado criminalista Roberto Podval, baseia-se em questionar o destino de materiais periciais e solicitar nova análise das provas. No entanto, a juíza Andrea Coppola Brião, da 2ª Vara do Júri do TJSP, rejeitou o pedido, argumentando a falta de habilitação técnica dos advogados e a destruição de parte do material, realizada com o conhecimento das partes.
A negativa da juíza expõe a fragilidade da argumentação da defesa, que tenta, a todo custo, encontrar brechas em um processo sólido e minuciosamente conduzido. A insistência em negar o óbvio, após anos de julgamento e recursos exauridos, beira a obstinação e levanta questionamentos sobre as reais motivações por trás dessa busca incessante pela anulação da sentença.
O tempo, inimigo implacável da verdade, também joga contra os Nardoni. A cada ano que passa, a possibilidade de encontrar novas provas que comprovem a inocência do casal diminui drasticamente. A revisão criminal, por sua natureza excepcional, exige elementos robustos e incontestáveis, que dificilmente serão encontrados após tanto tempo decorrido.
A busca pela anulação da sentença, além de improvável, soa como um desserviço à sociedade e à memória de Isabella. Reavivar o caso e trazer à tona a dor da família da vítima é uma atitude cruel e desnecessária, que apenas prolonga o sofrimento e impede o processo de cura.
A Justiça, em sua sabedoria e imparcialidade, já se pronunciou sobre o caso Nardoni. A condenação, confirmada em diversas instâncias, é a resposta do Estado ao crime bárbaro que tirou a vida de uma criança inocente. A busca pela anulação da sentença, além de infrutífera, é uma afronta à Justiça e à sociedade, que clama por justiça e paz.
Que a memória de Isabella seja honrada e que a Justiça prevaleça, mesmo diante das tentativas desesperadas de negar o inegável.
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