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A bússola moral quebrada: quando a representação política falha em seus deveres

 Vereador evangélico protagoniza episódio de intolerância e foge de suas responsabilidades

O vereador Eduardo Pereira (PSD) protagoniza momento de intolerância ao abandonar o plenário da Câmara de Bertioga para evitar a leitura de um projeto de lei em defesa da comunidade LGBTQIA+. 

Em um lamentável espetáculo de intolerância e desrespeito, o vereador Eduardo Pereira (PSD) abandonou o plenário da Câmara de Bertioga ao ser designado para a leitura de um projeto de lei de inclusão LGBTQIA+. A atitude do parlamentar, além de constrangedora, levanta sérias questões sobre a responsabilidade e o compromisso de nossos representantes com a diversidade e os direitos de todos os cidadãos.

Pereira, que se identifica como evangélico, demonstrou um profundo desdém pela causa LGBTQIA+ ao se recusar a cumprir seu dever como vereador. Sua reação, marcada por expressões como "Tá louco?" e "Não faz isso comigo", revela não apenas um preconceito arraigado, mas também uma total falta de profissionalismo e respeito pelo cargo que ocupa.

A recusa em ler o projeto de lei, que visa garantir o atendimento digno a pessoas trans e travestis na obtenção de documentos, é um ato de discriminação e um desserviço à comunidade. Ao invés de promover o diálogo e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, o vereador optou por alimentar o ódio e a exclusão.

As cinco denúncias recebidas pelo Ministério Público contra Pereira são um reflexo da indignação da sociedade diante de tamanha intolerância. A postura do vereador, além de ferir os princípios da democracia e da igualdade, coloca em xeque a credibilidade da Câmara de Bertioga e a confiança da população em seus representantes.

É importante ressaltar que a liberdade religiosa não pode ser utilizada como escudo para justificar atos de discriminação e preconceito. A fé, seja ela qual for, deve ser um instrumento de amor, compaixão e respeito ao próximo, e não uma arma para oprimir e excluir.

A reação de Pereira demonstra uma preocupante falta de conhecimento e compreensão sobre a realidade da população LGBTQIA+, que sofre diariamente com a violência, o preconceito e a falta de acesso a direitos básicos. Ao invés de se informar e buscar o diálogo, o vereador preferiu se isolar em sua bolha de intolerância, ignorando o sofrimento e as demandas de uma parcela significativa da sociedade.

É fundamental que a Câmara de Bertioga tome medidas enérgicas para punir o vereador e garantir que episódios como esse não se repitam. A representação política deve ser um espaço de debate, respeito e construção de um futuro melhor para todos, e não um palco para demonstrações de preconceito e intolerância.

A sociedade brasileira não pode mais tolerar atitudes como a do vereador Eduardo Pereira. É preciso que a população se mobilize, exija respeito e cobre de seus representantes um compromisso real com a diversidade e a inclusão. Afinal, a democracia só é verdadeira quando todos os cidadãos são representados e têm seus direitos garantidos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.



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