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A crônica da barbárie anunciada: quando a violência é espelho da cidade

 Santos, palco de mais um ato de terror que escancara a falência da segurança pública

Câmera de segurança flagra momento em que idosa é sequestrada após batida de carro forjada em Santos. A vítima foi liberada horas depois, após ter mais de R$ 25 mil roubados.

Em uma manhã que deveria ser apenas mais um domingo, Santos foi palco de um espetáculo macabro que escancara a face mais cruel da insegurança que assola a cidade. Uma mulher, 63 anos, teve sua rotina transformada em um pesadelo ao ser sequestrada em plena luz do dia, em uma ação orquestrada com a frieza de quem já está habituado à impunidade.

O modus operandi dos criminosos, flagrado por câmeras de segurança, mais parece roteiro de filme policial: uma batida de carro forjada, a abordagem rápida e a fuga cinematográfica, com direito a comparsas estrategicamente posicionados para garantir o sucesso da operação. Uma violência calculada, que deixa um rastro de medo e indignação.

O crime, que resultou no roubo de mais de R$ 25 mil, escancara a fragilidade da segurança pública em Santos. A vítima, liberada horas depois, se junta à crescente estatística de cidadãos que tiveram suas vidas transformadas em moeda de troca para criminosos que agem com a certeza de que a punição é mera formalidade.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP), em sua nota lacônica, limita-se a relatar os fatos, como se a violência fosse apenas mais um dado a ser registrado. A PM, acionada tardiamente, nada pôde fazer além de colher o depoimento da vítima, que amargará o trauma de ter sido refém da barbárie.

O caso, registrado como extorsão e roubo, soma-se à longa lista de ocorrências que evidenciam a falência do Estado em garantir a segurança de seus cidadãos. A violência, que antes se restringia a áreas periféricas, agora se espalha como uma praga, atingindo a todos sem distinção.

A pergunta que ecoa é: até quando seremos reféns do medo? Até quando a vida em sociedade será sinônimo de vulnerabilidade? A resposta, infelizmente, parece estar cada vez mais distante. Enquanto o poder público se limita a medidas paliativas e discursos vazios, a população segue à mercê daqueles que transformaram a violência em profissão.

Santos, outrora conhecida por suas belezas naturais e clima acolhedor, agora se vê manchada pela sombra da violência. A cidade, que deveria ser um refúgio, tornou-se palco de um espetáculo macabro, onde a vida humana é tratada como mercadoria descartável.

É preciso que a sociedade se mobilize, que cobre das autoridades ações efetivas e não apenas promessas vazias. A violência não pode ser normalizada, sob pena de nos tornarmos cúmplices da barbárie que se instaura. A segurança pública é um direito de todos, e não um privilégio de poucos. É hora de exigirmos que esse direito seja respeitado, antes que seja tarde demais.



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